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Ngovene foi o grande vencedor da Liga de Xadrez

Por admin

Alberto Ngovene foi o grande vencedor da primeira edição da Liga de Xadrez, ao conquistar a vitória na final, resultado que lhe conferiu o prémio da viatura em disputa.

O dia decisivo da Liga de Xadrez, domingo, começou com uma animação cultural do grupo da Escola Americana, o qual, exibiu números suficientes para animar os jogadores e a plateia.

Todavia, o nervosismo na maioria dos jogadores era de longe notório, com alguns a recusarem-se, inclusive, a tocar na viatura exposta no local da final, o Spiroshotel, na Matola.

Mas tudo estava preparado para uma jornada longa, uma vez que os jogos seriam disputados no sistema clássico de todos contra todos, para permitir que o vencedor fosse, de facto, inquestionável.

Arrumados os tabuleiros e conhecidos os primeiros adversários dos 20 jogadores, seguiu-se a vez dos discursos, com o anfitrião, Spiros Esculudes, a desejar boa sorte a todos e prometendo introduzir a modalidade na academia que acaba de fundar.

– Estejam todos à vontade e sintam-se em casa, porque aqui também é casa de xadrez. Já estamos a coordenar com a Escola de Xadrez da Matola e a direcção da associação provincial desta modalidade para a promoção desta especialidade, palavras de Spiros Esculudes.

Seguiu-se Domingos Langa, director e patrono da Escola de Xadrez, dizendo talvez o que mais os jogadores queriam ouvir naquela hora.

– O carro que estão a ver é o prémio prometido. Mas quero garantir que todos outros prémios monetários estão garantidos, por isso, empenham-se ao máximo. Que vença o melhor!

Conforme indicamos acima, seguiu-se uma maratona de jogos no silêncio recomendado, tendo Alberto Ngovene sido o principal vencedor.

 

AFROX VENCEU POR EQUIPAS

 

O xadrez é genuinamente um desporto individual, mas a primeira Liga de Xadrez teve a particularidade de ser disputada também por equipas, que na verdade representavam empresas, a maioria sedeadas na Matola.

A competição individual foi realizada a posterior para colocar frente-a-frente os melhores jogadores de cada equipa.

Em equipas, a Afrox venceu a competição com um total de 16 pontos, mesmo tendo empatado na última ronda diante da Academia de Xadrez da Matola.

Em segundo lugar ficou a Tecnel Sevices, com um total de 14 pontos. O terceiro foi Premier Mica com 13. O Peixe da Mamã ocupou o quarto posto com 11 pontos.

Segue o Maputogal com oito e a dupla Caterpilar e Academia de Xadrez com sete pontos.

A CMC África Austral caiu na oitava posição com seis pontos e na cauda da tabela está a dupla Thal e Mega Cash com apenas quatro pontos.

Refira-se que esta prova teve início em Fevereiro e decorreu nas instalações das empresas participantes na Matola. 

 À equipa vencedora coube um prémio de prémio monetário de 100 mil meticais.

 

DOMINGOS LANGA PROMETE MAIS

 

 Terminada a primeira edição, que durou sensivelmente quatro meses, o director da Escola de Xadrez da Matola, Domingos Langa, manifesta-se satisfeito porque, segundo frisa, o programado aconteceu.

– O que estava no papel traduzimos na prática, por isso o grau de cumprimento é positivo. Isso não quer dizer que foi fácil, houve muito esforço e devo agradecer a vontade e disponibilidade dos jogadores e empresas patrocinadoras.

Langa entende que a prova envolveu valores altos na organização e “aguentamos até ao fim com bastante sucesso”.

A disputa do torneio no sistema de todos contra todos foi, para o nosso interlocutor, um dos segredos do torneio. “Este modelo permitiu-nos manter os jogadores em competição durante um período longo, sabido que em Moçambique temos muitos talentos a reclamarem competição”.

– Foram quatro meses de jornadas intensas e em diferentes espaços, pois decidimos realizar os jogos nas sedes das empresas participantes. Levamos o xadrez para o local do trabalho, o que é uma inovação no país.

 Fazendo uma avaliação técnica da Liga de Xadrez, Domingos Langa observou que a quantidade de jogadores acabou contribuindo para a qualidade final.

– Até a última jornada o vencedor era uma incógnita, quer por equipas, quer individual, facto que demonstra o equilíbrio competitivo, anotou.

Revelou que os três melhores jogadores apurados no torneio perfilam-se para representar a Escola de Xadrez da Matola em torneios internacionais, inicialmente agendados para África do Sul e Zâmbia.

– Temos contactos internacionais com entidades da África do Sul e Zâmbia para a realização de torneios internacionais. Não pretendemos terminar na Matola, queremos levar o nome do país além-fronteiras, sublinhou Langa.

O nosso interlocutor garantiu que a Liga de Xadrez veio para ficar e a próxima edição, a decorrer de Fevereiro a Junho de 2014, vai movimentar mais empresas e jogadores.

– Estamos confiantes que em 2014 teremos mais jogadores e empresas envolvidas. Há várias empresas a contactarem-nos para tomar parte na Liga de 2014 e posso já anunciar que vamos manter o prémio de viatura e melhorar em todos aspectos. Isso demonstra que a edição deste ano foi um sucesso. 

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