O que mais o indignou Yassin no Moçambola foi a constatação de que o seu clube nunca jogaria de igual por igual com clubes que vivem do erário público, como Costa do Sol, via Electricidade de Moçambique (EDM), Maxaquene, via Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), Maxaquene e os Ferroviários, via Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM).
“ No Moçambola há clubes que vivem do dinheiro do erário público e outros que sobrevivem dos bolsos dos seus dirigentes. Quer dizer, no mesmo campeonato encontramos clubes financeiramente robustos graças aos impostos de todos nós, que sempre partem como candidatos ao título, e outros que nem patrocínios lhes são concedidos. Essa desigualdade é inconcebível e em nada ajuda o nosso desporto”, Yassin Amuji, visivelmente agastado com as anomalias do sector desportivo nacional.
Quando Yassin se meteu no futebol julgava que iria ajudar o desporto nacional a desenvolver-se, levando para longe o Vilanculos FC. Mais tarde percebeu que nada estava a desenvolver. Esse terá sido o principal motivo de recuar da alta competição.
“Deu para aprender e ensinar alguma coisa, mas quando eu entrei para o futebol era para ajudar o desporto e vê-lo a desenvolver. Não estava a desenvolver a ninguém, jogadores e treinadores do Vilanculos vinham de fora. Do trabalho que abraçamos até 2021 vamos começar a ter resultados visíveis de formação iniciada em 2011”, garante.
Neste momento o clube aposta nos miúdos dos 6 aos 14 anos de idade. Por enquanto só futebol, mas no próximo ano arranca com o basquetebol, só em femininos, e futebol de praia, em masculinos e femininos.