A progressão da Soprotecção de Quelimane não agrada os principais clubes praticantes do basquetebol nacional, casos do Ferroviário e Desportivo, ambos da cidade de Maputo. E já há um plano de
impedi-lo de participar na Liga, alegadamente porque não tem Estatutos publicados em Boletim da República.
“Participei num encontro em Maputo no qual percebi que o Ferroviário e o Desportivo, dois emblemas da capital do país, propuseram a realização dum campeonato nacional somente com quatro equipas que se denominaria Liga Top 4, com o Ferroviário da Beira incluído. À partida, ficamos excluídos dessa prova, o que é muito mau para o basquetebol no país, numa altura em que a Zambézia dispõe de recursos humanos e condições de trabalho de invejar a esses que querem monopolizar a modalidade em Moçambique”, queixa-se.
Observa que “eu entendo que esses clubes gastam muito pelo basquetebol e os sócios exigem títulos anualmente, o que se torna difícil com as frentes de Sofala e Zambézia. Se conseguirem impedir a participação da Soprotecção na Liga, da próxima tudo farão para afastar da mesma forma o Ferroviário da Beira, campeão nacional de seniores masculinos do ano passado”.
Ainda assim, o treinador avisa que “nós vamos continuar a trabalhar para que sejamos os melhores do país”. Zema diz mesmo que se falhar a intenção de excluir sua equipa, a Soprotecção será campeão nacional deste ano.
Ainda na senda da sua indignação pela atitude dos dois gigantes de Maputo, Zema questiona se a associação (da Cidade de Maputo) de que esses clubes pertencem está devidamente legalizada e se os mesmos não funcionam com os estatutos do tempo colonial.
