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MEMÓRIA – PAITO FOQUISSO: 2004 agridoce!

Por Jornal domingo

TEXTO DE JOCA ESTÊVÃO

JOCA.ESTEVAO@SNOTICIAS.CO.MZ

Há 19 anos, o Ferroviário de Nampula celebrou a conquista do título de campeão nacional. Foi precisamente em 2004, quando os “axinenes” eram treinados por Mussá Osman. Entre os jogadores que perfilavam na equipa figurava Venâncio Foquisso, ou simplesmente Paíto, um dos um pilares do meio-campo.

O Ferroviário de Nampula, recorde-se, tinha conquistado a Taça de Moçambique no ano anterior, por coincidência ano em que Paíto chegou à equipa. “Apesar desse título, entrámos no campeonato de 2024 com a intenção de lutar pela manutenção. A taça até os pequenos podem ganhar, mas o campeonato, naquele tempo, tinha os seus tradicionais candidatos. No entanto, fomos ganhando jogos e acreditámos que podíamos terminar com uma boa classificação”, recordou- -se Paíto. “Na época de 1999-2000, ascendi aos seniores do Matchedje e muitos de nós, totalmente desconhecidos nos meandros futebolísticos, fizemos uma época brilhante, com o mister Artur Semedo. Por isso, não espantou que emblemas diversos interessassem-se pelos nossos serviços. Eu, o Osvaldo e Eusébio Macamo fomos parar ao Maxaquene, também com o Semedo. Cheguei a fazer a pré-época em Quelimane, mas o Matchedje reclamou a minha saída por não ter feito a segunda época de júnior e tive de regressar ao clube de formação”.

FILIPE NYUSI FUNDAMENTAL

Deixou os “militares” em 2003 e, nesse ano, conseguiu conquistar o primeiro troféu pelo Ferroviário de Nampula. No percurso do Campeonato Nacional de 2004, os “locomotivas” de Nampula ti veram diversos desafios para terminar em primeiro e um deles foi no Niassa, onde jogaram diante do Futebol Clube de Lichinga. Toda a história daquela viagem ficou na retina de todos os integrantes da equipa e Paíto não se esquece que “o Presidente Filipe Jacinto Nyusi, nosso dirigente máximo do clube, foi fundamental. Ele criou todas as condições para que tivéssemos uma prestação condigna em todas as competições. Nessa viagem a Lichinga teve uma influência importante na nossa deslocação, fretando um avião para a equipa. Foi assim que conseguimos protagonizar um factor surpresa para o adversário, que era bastante forte para qualquer oponente no seu terreno. Quando o avião aterrou em Lichinga, nenhum elemento ligado ao adversário apercebeu-se da nossa chegada. Levámos, juntamente com os equipamentos, a nossa refeição de Nampula a Lichinga, o que quer dizer que de lá não comemos nada. Não usámos o portão habitual no aeroporto e os de Lichinga chegaram a pensar que não tínhamos viajado. Pouco tempo antes do período estipulado para a vistoria, chegámos ao campo, quando se preparavam para ganhar por falta de comparência. Tivemos um jogo extremamente difícil. Fomos bastante pressionados, mas conseguimos marcar e vencemos o jogo por esse escasso resultado. Todavia, quase fomos agredidos à saída do campo. Foi preciso que a Polícia escoltasse a nossa equipa até ao autocarro, que ainda assim foi apedrejado pelos adeptos locais”, lembrou. Leia mais…

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