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MEMÓRIA – MAZULA: Marito não deve jogar hoje

Por Idnórcio Muchanga

Marito era um jogador habilidoso que representava o Ferroviário de Maputo, antes e depois da Independência. Era bastante ágil e veloz. Diziam, brincando, que corria mais do que a bola. Essa forma de estar em campo oferecia perigo a qualquer adversário. Era preciso metê- -lo à atenção especial não só por esses argumentos, mas também pela inteligência a jogar. Todos os jogadores que o marcassem deviam ter, acima de tudo, disponibilidade física para o parar, obrigando-os assim a esforço adicional, sobretudo quando este colocasse a bola à frente e com espaço para correr. Poucos conseguiam detê-lo sem recorrer à força.

O futebol do Ferroviário de Maputo ajudava bastante na forma como Marito se exibia. Privilegiavam-se pontapés longos ora para a esquerda, ora para a direita e, por vezes, para a zona central. Os defesas adversários eram apanhados em contrapé, quando a bola atravessasse as suas costas para o lado onde se encontravam os avançados locomotivas.

Decorria o ano de 1977 e o Ferroviário de Maputo teve de se deslocar ao campo João da Silva Pereira (campo do Maxaquene), quando ainda ostentava o nome de Sporting e equipado de verde-e-branco. Os donos da casa sabiam que iam ter uma tarefa bastante difícil diante do seu oponente, embora fosse reconhecido o seu brilhante plantel. Era preciso, para João Carlos da Conceição, o treinador do Sporting, recorrer às suas melhores unidades, entre atacantes e defesas, tendo em conta, sobretudo, aquelas que pudessem travar as investidas dos homens mais perigosos dos “locomotivas”. Leia mais…

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