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Manhique forçado a mudar equipa técnica do Estrela

Por admin

Há barulho no Estrela Vermelha de Maputo. O presidente do clube, Luís Manhique, está com colete de pressão há sensivelmente 20 dias, desde que recebeu uma carta anónima, que se suspeita ter sido produzida por um grupo de sócios com base em denúncias recolhidas dos atletas.

 Na quinta-feira última, quando estivemos nas instalações do clube, no exercício rotineiro da nossa profissão, circulavam rumores da impaciência dos sócios por ainda a direcção não ter agido perante tão graves denúncias anotadas na referida carta anónima e das querelas no seio da equipa técnica principal, quiçá do departamento de futebol.

Chegou-nos aos ouvidos que o presidente Manhique não tem conseguido reunir-se com todos os elementos da equipa técnica comandada por Chaquir Bonete, porque sempre há um ausente, para além de temer que qualquer resolução, enquanto decorria o Campeonato da Cidade, perturbasse a equipa, que perdeu o título de 2015 a favor de Matchedje, novo campeão de futebol da Cidade de Maputo.

O leque das denúncias contidas nessa carta anónima e dos conteúdos das SMS que Manhique tem vindo a receber, deixam claro que há conflito de autoridade sobre a equipa e jogadores, que se resume numa constante agitação para dividir o grupo de trabalho e comprometer os resultados, o que vem acontecendo nos últimos anos, sobretudo quando está prestes a iniciar a poule de apuramento ao “Moçambola”.

No balanço da época de 2014, Manhique já adiantava que havia inimigos internos e externos que não permitiam que o clube regressasse ao “Moçambola”. Talvez por isso, alguns sócios procuram dizer que esses sabotadores ainda estão no activo e com novas estratégias de actuação.

As nossas fontes admitem que se a equipa do Estrela Vermelha nos últimos anos não ascendeu ao Moçambola só foi por haver “ganância e ambição desmedida” de algumas pessoas de dentro do departamento de futebol e dos treinadores, não por incapacidade da equipa.

Entretanto, o presidente Luís Manhique, quando contactado pela nossa reportagem sobre essa agitação, que nos últimos tempos atrapalha a equipa principal de futebol, não confirmou nem desmentiu, alegando que “não seria ético tratar assunto de género na imprensa, antes de reunir com os sócios.” E esse encontro deve ter acontecido ontem à noite, 5 de Setembro.

No entanto, Manhique admitiu haver “problemas no futebol do Estrela Vermelha de Maputo.” E são esses problemas que os sócios, dentre nossas fontes, querem ver resolvidos o mais rápido possível para que a equipa não volte a ser sabotada na poule por pessoas do clube devidamente identificadas.

A “vassourada” que Luís Manhiquie é forçado a fazer junto da equipa técnica não deverá abranger o treinador principal, Chaquir Bonete, por este ser apenas vítima dessa contínua sabotagem, cujos mentores gostariam de ficar no seu lugar. Provavelmente, todos os adjuntos, serão despedidos.  

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