Desporto

Estrela aumenta modalidades

O clubeEstrela Vermelha de Maputo está a alargar a prática desportiva, tendo já iniciado com a reposição das sete modalidades através das quais no passado fez história, dentro e fora do país, designadamente futebol, basquetebol, atletismo, andebol, boxe, hóquei em patins e karate. A colectividade segue o interesse nacional, que é de progresso acelerado do desporto.

Recordar que andebol, hóquei e atletismo trouxeram para as vitrinas do clube dos “alaranjados” títulos africanos e outros internacionais. Karate (Taekwondo) teve a ousadia de trazer título mundial.

No processo de reintrodução das modalidades, o clube definiu como prioridade as especialidades que efectivamente fizeram história, caso de hóquei, campeão africano em 1994.

“Sem olhar pelos dados e circunstâncias em que esta reposição está sendo feita, é mais fácil ir para as modalidades de reduzido número de atletas e que não são muito onerosas, embora o hóquei seja excepção e centro da aposta para no futuro atingir novamente o título africano”, explica Luís Manhique, presidente do clube.

A prática de boxe já foi reposta este ano, tendo o Estrela Vermelha contratado da Academia Lucas Sinóia os pugilistas Augusto Matule, Gento Máquina (69 kg) e Francisco Macitela (75kg), com os quais ganhou o terceiro lugar no torneio de preparação da Cidade de Maputo, correspondente a uma medalha de ouro e duas de prata. Karate, na especialidade de Kimura Shukokai, consta da lista das novas modalidades que vão chegando ao Estrela Vermelha.

“…Também estaremos em processo de médio e longo prazo com o futsal. A segunda fase de reposição, eventualmente a ser introduzida próximo ano, compreende o karate, o basquetebol, o atletismo e, provavelmente, o andebol”, disse a nossa fonte.

A direcção “alaranjada” traçou como objectivo específico da reposição das modalidades “a qualidade, que surge como o elemento essencial, visando alto rendimento, a curto e médio prazo ou a médio e longo prazo”.

A revolução alaranjada também abrange o futebol, modalidade que nunca parou desde que o clube foi criado a 5 de Dezembro de 1975, mesmo vivendo momentos baixos e altos.

Aliás, a necessidade de financiamento do departamento do futebol ditou o redimensionamento das infra-estruturas do clube, para doptá-las de capacidade própria, que igualmente vai permitindo a renovação das suas instalações.

“Esta capacidade de reposição é parte do projecto Nova Vida que trouxemos para recolocar o clube no lugar de que se destacava no passado”, deixa claro Luís Manhique.

Reforçamos hóquei

para ajudar Moçambique

A grande aposta imediata do Estrela vermelha é a construção de uma grande equipa de hóquei em patins, visando recuperar o seu prestígio internamente e em África e, também, de ajudar o país a preparar uma selecção do futuro, o que passa por potenciar de meios humanos e materiais as camadas de formação.

O primeiro passo foi dado com a contratação de alguns dos melhores hoquistas nacionais de momento. O Estrela foi ao Ferroviário de Maputo buscar Spiros Esculudes (Kiko), capitão da Selecção Nacional; Ivan Esculudes (Maninho) e José Wilson Sigalete (Siga). E no Desportivo de Maputo contratou Keven Pimentel e Mahomed Buanamar (Dino).

“ O nível de reforço que fizemos no hóquei em patins, apesar de trazer vantagens teóricas para o Estrela, tem na prática dois grandes fins: primeiro, equilibrar os níveis de competição interna, em particular na cidade de Maputo, segundo é fazer desse equilíbrio uma janela de melhoramento competitivo, aumento de número de atletas e clubes para ajudar a Selecção Nacional a produzir mais internamente”, assina Luís Manhique

Para o nosso interlocutor, produzir internamente significa que o país não pode ficar eternamente depender de atletas que vivem no exterior, “porque ninguém me garante ou me assegura de que esses nacionais que residem fora do país, e que basicamente compõem a Selecção Nacional, estejam também a criar, nos locais onde se encontram, a sua própria sucessão.”

O presidente do Estrela Vermelha de Maputo entende que “é preciso evitar que, na impossibilidade ou da reforma daqueles que vivem no exterior, não haja quebra de qualidade e de nível das selecções nacionais de hóquei”.

O Estrela Vermelha não está apenas a apostar na equipa sénior, pois Manhique diz que “ já estamos a investir nas camadas de formação, essas que são seguramente o garante do futuro, mas que têm de ser tidas como do presente”.    

Manuel Meque  

 

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