Ludovina de Oliveira, presidente da Associação de Atletismo da Cidade de Maputo (AACM), começou por destacar o grande problema da sua instituição, que é a carência de juízes cronometristas,
facto que leva com que se recorra a curiosos que falseiam tempos e marcas.
“Temos grandes problemas na formação de juízes cronometristas. Não temos capacidade de promover cursos. Antes trabalhávamos com o Instituto Nacional de Educação Física e Desportos (INEF). Agora temos que improvisar os próprios atletas para as funções de juízes cronometristas, o que permite não haver lealdade nas marcas e nos tempos”, assim se queixou Ludovina de Oliveira.
“Nossa sede ficava no Parque dos Continuadores. Retiraram-nos o espaço e deram-nos no mesmo local um cubículo de 1 metro quadrado. Reunimo-nos na lanchonete. Temos de passar para o Estádio Nacional do Zimpeto, que fica muito longe do centro da cidade! Temos onze clubes, todos filiados, à excepção de um, mas todos a competir. Nem todos os atletas são submetidos às inspecções médicas. O nosso relacionamento com a federação é estável”, narrou a presidente da AACM.
Mesmo sem sede digna e com dificuldades de formar juízes cronometristas, a AACM não pára de lutar para o bem da modalidade.
“Vamos lutando até onde podermos. Ultimamente estamos organizados. Nossa época termina a 10 de Novembro, dia da Cidade de Maputo, Anualmente temos trinta e sete a trinta e oito jornadas competitivas”, sublinhou Ludovina no término da sua intervenção.
