A designação do Estádio da Machava já não vai sofrer qualquer alteração nos próximos tempos como era pretensão da direcção do Ferroviário de Maputo. A ideia foi abandonada em consideração às reacções desfavoráveis dos sócios e simpatizantes do clube “locomotiva”.
A 9 de Abril passado, o Clube Ferroviário de Maputo reuniu-se em Assembleia Geral ordinária com um ponto de agenda atractivo: alteração da designação do Estádio da Machava.
Cinco nomes eram propostos para a nova designação do mítico recinto inaugurado oficialmente a 30 de Junho de 1968, a saber:
– Estádio Nacional da Machava;
– Estádio dos Ferroviários;
– Estádio 25 de Junho;
– Estádio Samora Machel e
– Estádio da Independência.
Destas propostas, os proponentes da mudança do nome do recinto estavam inclinados para adoptar o nome de Estádio da Independência. A justificação dos proponentes era de adequar a designação do recinto à actualidade e enquadrar melhor a história da infra-estrutura.
Nessa Assembleia Geral, os sócios levantaram questões atinentes à pertinência do assunto e não houve qualquer desfecho, tendo ficado a promessa duma decisão na Assembleia Geral seguinte.
Ora, a “Assembleia Geral seguinte” teve lugar na passada terça-feira e o assunto Estádio da Machava nem sequer foi colocado em cima da mesa. domingo estranhou e questionou o presidente do Ferroviário de Maputo, Sancho Quepisso Jr., o qual tratou de esclarecer que o mesmo deixou de ser prioridade do clube em respeito aos sinais emitidos pelos sócios.
–Os sócios transmitiram-nos a ideia de que a alteração do nome do Estádio da Machava não era prioridade do clube e nós assumimos essa vontade. Estamos concentrados nos assuntos prioritários, que são vastos e exigem a nossa máxima concentração. Temos outras prioridades e vamos nos concentrar nelas.
No entanto, a ideia não está definitivamente abandonada, podendo ser recuperada no futuro quando ocorrer a requalificação do Estádio Machava, um projecto ainda sem data para a sua implementação.
APROVADO CONSELHO CONSULTIVO
Os sócios do Ferroviário de Maputo aprovaram a constituição dum Conselho Consultivo com vocação de ser um elo de ligação entre a direcção do clube e a massa associativa.
Segundo explicou Sancho Quepisso Jr., o novo órgão vai filtrar as preocupações dos sócios e simpatizantes do clube e encaminhá-las à direcção para os devidos procedimentos.
Num ano em que a equipa de futebol não conseguiu revalidar o título de campeão nacional, durante a Assembleia Geral os sócios do Ferroviário deram um voto de confiança à direcção, gesto assumido por Sancho Quepisso Jr. como “maior desafio porque, acima de tudo, pediram mais e vamos continuar a implementar o que nos propusemos fazer desde o princípio e responder às expectativas dos sócios”.
Ainda na reunião magna, os sócios do Ferroviário aprovaram os relatórios de actividades e contas de 2015 e a revisão dos estatutos.
Custódio Mugabe
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