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Ementa de luxo na festa de cidades geminadas

Por admin

Quem sabe, sabe e jamais esquece. Assim nos lembrava Sérgio Faife no final do jogo entre as selecções dos municípios da Matola e Nkomazi, enquadrado no festival desportivo-cultural 

realizado naquela cidade sul-africana.

Foi em 2002 que as cidades da Matola, Mbabane (Suazilândia), Mbombela e Nkomazi (África do Sul) acordaram cimentar relações de amizade e irmandade histórica entre seus povos.

Desde então, anualmente, desportistas e artistas das quatro cidades juntam-se para celebrar a irmandade e, a partir do ano passado, arrastaram também empresários para a causa.

Semana finda, a cidade escolhida foi Nkomazi e, ao nível desportivo, a Matola não se poupou e colocou toda lenha no assador, de modo que se tornou natural a goleada imposta à turma local por um concludente 5-0.

 

ESTRELAS E MAIS ESTRELAS

Dado o crescimento que regista, Matola tem sido destino residencial de muitos bons artistas e o futebol não é excepção. Por isso, não é fácil formar uma selecção de futebol de veteranos naquela cidade.

Que o diga o mister Abreu!

Apadrinhados pelo treinador Augusto Matine e o Jornalista Manuel Zimba, do RM Desporto, as estrelas da Matola subiram ao relvado de Nkomazi cintilantes. Mais um ano de vida, mais brilhantes.

Foi assim que jogadores como Sérgio Faife, Jotamo, Nelinho, Pinto Barros, Danito Cuta, Artur Comboio, Marcos, Ginho, Nuno, Zenda e Frederico Santos, “perfumaram” o relvado de Nkomazi com o seu talento e fulminaram um adversário com muita vontade, mas órfão de capacidade.

Para casa, os veteranos da Matola levaram a taça em disputa e as medalhas correspondentes, com promessa de mais espectáculo para o ano que vem em Mbombela.

 

MARCHA CONTRA TRÁFICO DE PESSOAS

 

Os participantes no festival de Nkomazi cumprirarm um programa social inspirado na actualidade das cidades participantes. Foi neste contexto que teve lugar uma marcha contra abusos sexuais a rapariga, tráfico de pessoas e de órgãos humanos.

Nota dominante foi a necessidade de respeito pela vida do próximo e seus direitos. O direito à vida foi qualificado de supremo e intransmissível, com o recado de que “abaixo aqueles que traficam pessoas”.

Destino atractivo foi Mbuzini, local onde a 19 de Outubro de 1986 perdeu a vida o primeiro Presidente de Moçambique, Samora Machel, vítima de acidente de aviação.

A visita a Mbuzini foi o mote para os delegados ao festival recordarem-se de cidadãos moçambicanos e sul-africanos perecidos por força do regime do Apartheid, o qual separava as pessoas na base da sua raça.

Não podemos colocar o ponto final sem nos referirmos às actuações dos grupos culturais que animaram o festival nas tardes e noites.

Matola se fez representar por 15 bailarinos da sua companhia municipal de canto e dança, em renovação, e chamou a si o protagonismo durante o jantar de gala, antes dos grupos locais brilharem no palco do jogo de futebol.

Houve ainda a actuação dos músicos matolenses Edú e Liloca, sempre aplaudidos por gente vizinha que se contagia com a forma de dançar dos moçambicanos, herdada também dessa grande senhora que foi Zaida Hlongo.

Os apreciadores das artes saíram suficientemente abastecidos nas exposições exibidas por artistas de todas cidades, enquanto os empresários trocaram impressões e discutiram o desenvolvimento regional no fórum empresarial realizado para o efeito.

No final, uma palavra para o edil interino do Município da Matola, António Mathlava:

– O evento foi colorido e muito proveitoso. Encontramos empresas que assumiram o compromisso e desejo de investir na Matola. Ganhamos a taça no futebol e as nossas danças foram imbatíveis. A cooperação foi de longe reforçada. 

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