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ELEIÇÕES NO COMITÉ OLÍMPICO: É hora da renovação-Joel Libombo

Por admin

Joel Matias Libombo é da “Renovação, pela Boa Governação e Digna Representação de Moçambique nos Jogos Olímpicos”. Seu percurso confunde-se com a história do desporto nacional e quer contribuir com a sua experiência de gestão para a viragem que algumas federações pretendem.

A candidatura de Joel Libombo resulta da vontade de várias federações preocupadas em imprimir maior dinamismo e transparência na gestão do Comité Olímpico. Por isso, reforça a ideia de que todas decisões serão compartilhadas com as federações nacionais.

O seu compromisso é a renovação do COM em prol da ética, da Boa governação, da defesa dos ideais olímpicos e da elevação dos níveis do desporto de rendimento de modo a garantir uma maior e digna representação de Moçambique nos Jogos Olímpicos.

Tal como referiu, uma representação digna seria, primeiro, superar os seis atletas que estiveram ano passado no Rio de Janeiro. Repisa que “este foi um dos motivos que levou as federações a submeterem esta candidatura, a necessidade da viragem”.

– A preparação para Jogos do Tóquio 2020 já devia ter começado. É um pouco deste espirito que nos move, começar mais cedo com a preparação dos atletas, não quando faltam dois anos para os jogos e com bolsas episódicas. Mais do que ninguém, as federações sabem o querem. Vamos entregar as federações o poder de mostrar o que podem.

Promete conceber um programa integrado de acções de identificação e acompanhamento de talentos e sua preparação para os Jogos Olímpicos.

Para a viragem, Joel Libombo conta com uma equipa que considera “equilibrada, experiente e com juventude ávida de aprender, fazer o melhor com uma gestão desportiva transparente. A maioria deles foram indicados pelas federações”.

Para promover a transparência, promete publicar anualmente relatórios de contas devidamente auditados. “Queremos criar um marco e alterarmos o imobilismo do Comité Olímpico”.

Joel Libombo afirma que é desportista e vai às eleições preparado para ganhar ou perder. Queremos participar, se perdermos vamos felicitar o vencedor. Se ganharmos vamos implementar o nosso projecto e envolvermos mais elementos no processo de governação. Teremos de saber valorizar muita coisa boa que foi feita”.

APOIO ASSEGURADO

Joel Libombo lembrou que partiu para a corrida porque as federações o convidaram. Das onze inicialmente alistadas, algumas retiraram-se e juntaram-se ao grupo de Aníbal Manave.

Entende ser normal em democracia. Questionado se as “suas” federações teriam direito a voto, referiu que “os Jogos Africanos Maputo 2011 alargaram o número de modalidades olímpicas no país, fazem movimento e estão registadas, daí esperar “bom senso e fair-play do colégio eleitoral, não excluindo qualquer modalidade de exercer o direito de voto”.

Caso seja eleito, Joel Libombo promete promover iniciativas que concorram para a difusão do ideal olímpico na sociedade, com especial destaque para a participação das mulheres no desporto.

– Vamos encorajar e apoiar as iniciativas que concorram para promover o espirito olímpico, o fair-play, a inclusão social e a luta contra a discriminação e a violência no desporto.

O candidato é pela formação de agentes desportivos ligados aos desportos olímpicos e espera desenvolver acções de captação e geração de recursos para assegurar a sustentabilidade das actividades do Comité Olímpico.

Assume o compromisso de “priorizar a revisão dos estatutos e a elaboração de normas e regulamentos do Comité Olímpico e concentrar toda acção em planos exequíveis e contextualizados no âmbito da realidade e aspirações nacionais”.

Candidato das federações

No elenco proposto por Joel Libombo pontificam dirigentes de algumas federações com direito a voto no escrutínio da próxima quinta-feira, o que pode concorrer para algum equilíbrio nas contas finais, se considerarmos o facto de Aníbal Manave também ter do seu lado parte dos presidentes das federações.

Presidente: Joel Libombo

1º Vice Presidente: Edmundo Ribeiro (Ginástica)

2º Vice Presidente: Sarifa Magide

3º Vice Presidente: Igor Vaz (Judo)

Secretário Geral: Fernando Miguel (Natação)

Tesoureiro: Dalva Brito

Vogal: Hélio da Rosa (Vela e Canoagem)

Vogal: Gabriel Jr. (Boxe)

Vogal: Jerónimo Quizito (karate)

Vogal: Vitorino Mazuze (Futebol)

Auditor Jurídico: Rodrigo Rocha (Triatlo)

Auditor Técnico: Mussa Tembe (Ginástica)

COMISSÕES

 Academia Olímpica de Moçambique:Lurdes Mutola

Mulher e Desporto: Páscoa Temba (Natação)

Commonwealth Games Association: Nilton Mujovo (Judo)

Comissão de Ética: Jorge Matine

Ministro e docente

Joel Libombo tem 65 anos. Foi ministro do desporto e agora goza a sua reforma ensinando gestão desportiva e cuidando dos seus netos. Como ele próprio afirma, quer devolver ao Estado o que nele investiu em formação.

Mestrado em Gestão Desportiva pela NSA – Bulgária (1988)

Agraciado pelo Estado Moçambicano com a Medalha de Mérito Desportivo, a mais alta condecoração desportiva (2015).

Ministro da Juventude e Desporto (1999-2005)

Vice-ministro da Cultura, Juventude e Desporto (1994-1999)

Vice-Presidente do Conselho Superior dos Desportos de África (2001-2003)

Docente de Gestão Desportiva na UP e UEM

Co-autor da Lei do Desporto, do Mecenato, Regulamento Geral do Desporto

Texto de Custódio Mugabe
custodio.mugabe@snoticicas.co.mz

 

 

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