Camilo Antão, histórico treinador e dirigente do voleibol, actualmente presidente honorário da federação, saúda a introdução da Taça de Moçambique no calendário de competições deste ano.
Recomenda maior profissionalismo aos gestores da modalidade, responsáveis por garantir mais patrocínios para viabilizar as competições.
–Devemos trabalhar mais na componente de patrocínios. Não se pode contar apenas com dinheiro do Governo ou Comité Olímpico. Temos de vender a nossa imagem aos patrocinadores e isso, infelizmente, não é discutido de forma profunda. Fica-se à espera do dinheiro do Governo e não é possível.
Indagado se o voleibol moçambicano estava no bom caminho, Camilo Antão preferiu responder com outras perguntas:
–Bom caminho? São palavras. O voleibol está no bom caminho? O que ganhámos? O que nos diz o sobe-desce no ranking? Temos de participar mais nas competições zonais, de África e do Mundo. É preciso muito mais para melhorarmos o nosso rendimento.
Instado a avaliar o estágio do vólei de praia, Camilo Antão observou que não é positivo porque o campeonato nacional de vólei de praia não se realiza por falta de atletas nas províncias.
–Algo não está correcto porque temos um clima e costa exemplares. O que precisamos é de gente para trabalhar. Não devemos deixar de fazer as coisas porque dá trabalho. Nas províncias o fundamental é existirem postes, bolas e crianças para jogarem. Em Maputo jogávamos todos sábados e domingos, agora não. Tem de se trabalhar mais com os patrocinadores. Todas as províncias participavam.
