Quando Víctor Miguel era presidente, a associação de Maputo era considerada rebelde na relação com a federação. Com o novo elenco a rebeldia acabou?
Tenho dificuldade em qualificar a rebeldia. Num órgão como associação, que gere diferentes situações, há pilares a seguir: isenção, justiça e responsabilização. Para que isso aconteça há que ter respeito recíproco entre quem faz e quem cumpre. Os clubes é que tomam decisões. Somos a associação mais representativa em termos desportivos, que mais clubes movimenta, mais jogos faz; fazemos mais jogos que todas associações juntas. Temos legitimidade para tomar algumas posições. A federação coloca as associações ao mesmo nível, o que é errado, não premeia quem trabalha, isso é uma umbrella para proteger a mediocridade. Numa assembleia-geral temos mesmo estatuto com Niassa, o que em termos reais é falso. O conflito institucional infelizmente se personalizou, o que começou a afectar o futebol. Quando tivemos encontro de apresentação com a federação dissemos que não somos antagónicos, mas que em algum momento teremos ideias diferentes deles, e que isso não seja levado para um diferendo pessoal.
Como está a relação com a federação?
Temos uma boa relação, agora estamos a visitar em conjunto os clubes.
Quer dizer que estão satisfeitos? A federação está a cumprir as promessas eleitorais?
O nosso elenco não participou nas eleições da federação. Já fizemos algumas observações ao plano de actividades da federação. Estamos a discutir questões como a gestão contratual dos jogadores, segurança social dos atletas, contratos de formação desportiva e agenciamento dos jogadores. Nossa proposta, por exemplo, é que no acto de inscrição de jogadores tem de se declarar a identidade do agente, para que não surja a meio da época como sucede agora.
