Uzaras Mahomed diz que a actual direcção do Desportivo de Maputo está a destruir o clube, tendo primeiro começado por desorganizar a sua base de sustentabilidade que era a formação, culminando com a descida da equipa principal de
futebol do Moçambola para o Campeonato da Cidade de Maputo. Entende que se os verdadeiros sócios da colectividade não tomarem medidas de inverter a situação, as atrocidades vão continuar e a coisa “alvi-negra” vai desaparecer do mapa desportivo nacional.
O técnico, 28 anos de carreira, fala do Desportivo como algo também seu. É lá onde se projectou como treinador de futebol, com títulos em todos os escalões, campeão nacional sénior nos anos 1995 e 2006, vencedor da Taça de Moçambique e da Supertaça.
Embora reconheça que o clube da sua família é o Mahafil, está neste há dois anos numa situação de refugiado porque mandado embora do Desportivo em 2007, só porque perdera dois jogos intercalados numa altura em que a equipa ainda sonhava com o título.
Nesta mesma entrevista, Uzaras questiona porque o treinador que mais prejudicou o clube, nas mãos da mesma direcção que afastou a ele, Chiquinho Conde e Augusto Matine, por alegados maus resultados, ainda não foi corrido.
Fala de Artur Semedo, cuja contratação, a meio do Moçambola, com o intuito de salvar a época, no seu entender, foi das maiores atrocidades cometidas pelo grupo de Michel Grispos. E avisa que, com ou sem Semedo, o Desportivo no Campeonato da Cidade de Maputo vai ter que aprender e que não vale a pena dizer-se que vai ser campeão em 2013, porque a vez é do Mahafil.