Três candidatos perfilam-se para dirigir a Federação Moçambicana de Boxe, nomeadamente Big Ben, Gabriel Jr. e Niklis Esculudes. Os proponentes dos candidatos desdobram-se em contactos para assegurar o apoio das associações provinciais da modalidade.
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral da FMBoxe, Hélder Mangujo, ainda não convocou a assembleia que vai eleger a nova direcção da federação, mas já fez saber, por escrito, que será brevemente.
Por isso, praticantes, dirigentes e ex-pugilistas estão a namorar figuras com perfil para presidente da FMBoxe. Um dos movimentos foi buscar Gabriel Jr., político e apresentador de televisão, cujo manifesto está a ser elaborado por antigos praticantes e alguns dirigentes da actual federação.
Big Ben não quer largar o lugar e vai concorrer para a sua própria sucessão, enquanto Niklis Esculudes pretende fazer o mesmo movimento que há quatro anos realizou o actual presidente da federação, ou seja, sair da associação de boxe da capital do país para a federação.
Entretanto, a respeito, o nosso jornal ouviu Lourenço Manglaze, presidente da Associação Moçambicana de Pugilistas (AMP), o qual, defendeu que com a provável saída de Benjamim Uamusse da presidência da Federação Moçambicana de Boxe (FMBoxe) e dos que ainda fazem parte do seu elenco, vai iniciar a reunificação da família da modalidade, ora dividida por questões de índole individual.
“Eu gostaria que a federação passasse a ter uma nova direcção, que no seu funcionamento abrangesse toda a família do boxe. Agora andamos divididos, razão pela qual até parece que em Moçambique já não se pratica este desporto”, respondeu Lourenço Manglaze quando questionado se tinha algo a dizer sobre as eleições da FMBoxe que se avizinham.
Quanto aos nomes para a próxima direcção, Manglaze diz não poder mencionar nenhum, mas “desejo que o próximo presidente saiba pôr a federação a trabalhar de forma aberta e clara em parceria com associações provinciais e com a Associação Moçambicana de Pugilistas, uma instituição devidamente reconhecida pelo Estado moçambicano, com estatutos publicados no Boletim da República, que a actual direcção federativa não respeita.”
Manglaze recorda que “havíamos manifestado, junto da actual direcção da federação, a necessidade de contemplar a nossa associação na utilização dos fundos que actualmente o Estado aloca ao boxe, mas até hoje estamos à espera que isso aconteça. O que o boxe recebe não pode ser para beneficiar duas ou três pessoas que se intitulam de federação. Tem de beneficiar a toda a modalidade e todos os seus fazedores, quer através de acções de formação, quer com realização de diversificados eventos.”
No seu entender, o actual elenco federativo teria feito uma grande ajuda à modalidade “se se demitisse.” E não acredita que haja alguém que seja pela sua continuidade “porque não se pode desejar mais um mandato a quem mata uma modalidade inteira e continua a vangloriar-se dizendo que tem estado a dirigir bem, mesmo sem conseguir organizar provas, senão campeonato nacional do tipo torneio de bairro, sem respeito pela dignidade do atleta, que, por vezes, é sujeito a maus-tratos em alimentação e alojamento.”