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Adriano Maleiane o melhor de África

Por admin

O Ministro moçambicano da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, foi distinguido pela prestigiada publicação “The Bankers”, propriedade da “The Financial Times” e editada mensalmente em Londres, Reino Unido, como o “Ministro Africano das Finanças de África 2015”.

Segundo aquela prestigiada publicação, a distinção surge pelo reconhecimento do papel desempenhado por Adriano Maleiane na estabilização e estímulo do crescimento da economia moçambicana que, à semelhança do que acontece na generalidade dos países em desenvolvimentos, vem sentindo o aperto da descida dos preços internacionais das matérias-primas e registando um crescimento do comércio inferior ao inicialmente previsto.

Orientada para a publicação de assuntos financeiros internacionais, a “The Bankers” aponta que embora o Fundo Monetário Internacional (FMI) ainda preveja um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de cerca de 6,3 por cento para 2015, bem acima dos 4,5 por cento esperados para a África subsahariana como um todo, o país está, no entanto, a braços com uma série de desafios.

Até ao início de Dezembro de 2015, a moeda nacional, o metical, havia registado uma desvalorização de cerca de 36 por cento em relação ao dólar norte-americano.

Estas dificuldades foram agravadas pelo legado do governo anterior, que deixou Moçambique com níveis de endividamento mais elevados e uma emissão de obrigações mal administrada até a quantia de 850 milhões de dólares”, afirma o “The Banker”.

Aquela publicação afirma ainda que o comando do país por um novo governo, sob a liderança do presidente Felipe Nyusi, foi uma mudança bem-vinda para Moçambique.

O novo Ministro da Economia e Finanças do país, Adriano Maleiane, assumiu o papel depois de um mandato como presidente-executivo do estatal Banco Nacional de Investimentos (BNI). Ele foi também governador do Banco de Moçambique entre 1991 e 2006.

Segundo o “The Banker”, há pouco tempo no cargo, o ministro Maleiane tem trabalhado rapidamente para impor a disciplina orçamental e de despesa, apoiar a economia e completar uma série de reformas “muito necessárias”. “A aprovação do Orçamento do Estado de 2015 reduziu o défice orçamental para cerca de 6,5 por cento, contra os 10 por cento do PIB em 2014”, segundo o FMI.

Além disso, o Orçamento inclui a adição de uma nova regra que regula a utilização de receitas excepcionais, assegurando que os ganhos futuros possam somente ser usados para o investimento público, o pagamento da dívida ou emergências nacionais.

Este progresso foi acompanhado por ajustes na administração fiscal do país, que deverá aumentar as suas receitas totais em cerca de 0,7 por cento do PIB em 2015.

Enquanto isso, os pagamentos aos trabalhadores do sector público foram digitalizados e os pagamentos do governo aos fornecedores foram automatizadas. Além disso, um “stock” de pendentes em atraso no reembolso do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), no valor de cerca de 160 milhões de dólares, foi garantido através de uma colocação de títulos do Tesouro no início de 2015”, refere o “The Banker”.

A fonte refere ainda que o ministro foi também uma figura-chave na negociação de um empréstimo de 286 milhões de dólares pelo FMI à Moçambique para ajudar a amortecer a queda do metical em Outubro de 2015. 

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