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Academia de xadrez recebe tabuleiros, relógios e bolas

Por admin

A Academia de Xadrez da Matola tem comprado da China 10.000 tabuleiros de mesa, 150 tabuleiros gigantes, 300 relógios mais centenas bolas de futebol, basquetebol e andebol, mas o patrono, Domingos Langa, diz estar a sofrer de dor de cabeça por não saber onde armazenar tanto material que deverá chegar ao país entre os dias 6 e 10 de Maio, em contentor de 40 pés.

“E agora, o material está a chegar e eu não sei onde armazena-lo. Estou muito preocupado, o que me faz sofrer de dor de cabeça, em ter um espaço seguro onde possa guardá-lo. Já fiz contactos junto do Fundo de Promoção Desportiva (FPD) e do Instituto Nacional do Desporto (INADE) para encontrarmos uma solução para que o material não fique ao relento”, lamenta Domingos Langa, ao mesmo tempo que esfrega as mãos de alegria por já poder expandir o projecto de formação em xadrez dos professores das escolas primárias de todo o país.

O material não é doado, mas comprado na China com o apoio de parceiros que apoiam as actividades da Academia. Do conjunto de empresas patrocinadoras, constam a Teixeira Duarte-Engenharia Construções de Moçambique, EDM, TDM, Stema, Petromoc, Visabeira, CMC, Casino Polana, Peixe da Mamã, Linhas Aéreas de Moçambique, Sdandard Bank e personalidades tais como Jhon Cachamila, António Romão, Castigo Langa e Baptista Machaieie.

“Este material vai ser distribuído às escolas primárias, no âmbito do projecto de formação de professores do EP1 em todo o país. Com este lote de material vamos arrancar em cheio com o projecto, através de um simpósio que vamos organizar em Maio, aqui na cidade de Maputo, no qual serão apresentados os patrocinadores”, referiu a fonte.

O simpósio enquadra-se nas festividades dos 40 anos de Independência de Moçambique. Igualmente, projecta-se a realização de um grande torneio de xadrez, que pode ser nacional ou internacional, na cidade da Matola, cujo prémio mais alto será uma viatura. Na mesma altura será lançada a 2ª edição do livro de xadrez de autoria do Mestre Mateus Viageiro.”

Langa adianta que o projecto da Academia de xadrez de Xai-Xai, sucursal da Academia da Matola “já está em curso, contando actualmente com 50 crianças.”

A Academia de Xadrez da Matola está vocacionada a massificação da modalidade a nível nacional, em parceria com o Ministério da Educação. Aliás, a academia está a dialogar com a direcção do sector da educação tendo em vista institucionalizar a relação já existente.

Domingos Langa explicou que “o nosso objectivo principal é de que o xadrez seja uma modalidade praticada em todo Moçambique. É uma maneira de proporcionar oportunidade de praticar desporto aos que não podem jogar futebol, basquetebol, boxe e outras modalidades. Apesar do xadrez ser o desporto que traz mais ganhos ao ser humano, ainda não é actividade obrigatória nas escolas públicas”.

– Neste momento estamos a formar professores em matéria de xadrez, independentemente de serem ou não professores de Educação Física. E estamos a equipar as escolas primárias do 1º grau com material trazido de fora, já que no país ainda não é fabricado. 

Acções de formação já tiveram lugar nas cidades de Maputo, Maxixe, Inhambane e Matola e vila municipal da Namaacha, o que vem permitindo que as crianças de várias zonas do país, através dos professores formados, tenham contacto directo com esta modalidade considerada nobre para a criatividade mental.

Domingos Langa disse que um dos principais constrangimentos para a prática do xadrez no país é a escassez de material para a sua massificação.

“Só uma boa massificação nos pode garantir a produção de atletas competentes e vencedores na alta competição. De escola crescemos para Academia de Xadrez, mas o nosso horizonte continua o mesmo”, frisou Domingos Langa.

O dirigente referiu que para a massificação da modalidade aposta seriamente na formação dos professores em matéria de Xadrez.

“O nosso esforço já resultou nas províncias de Maputo, Inhambane e cidade de Maputo. Já iniciamos na província de Gaza, o que nos contenta bastante, sobretudo por termos empresas ao nosso lado para este projecto de pôr todo Moçambique a jogar xadrez”, sublinhou.

Ainda de Domingos Langa soubemos que “nos próximos três anos todas as escolas do país estarão abarrotadas de material de xadrez.” Isso porque o projecto em curso visa cobrir todas as escolas primárias do nível 1 do Moçambique inteiro.

A primeira aposta de Domingos Langa foi a criação da Escola de Xadrez da Matola, que ao longo de muitos anos produziu xadrezistas que hoje são “craques” da modalidade e representam o país em várias ocasiões.

Do sucesso da Escola emergiu a Academia de Xadrez da Matola, esta que hoje é responsável pelo renascimento deste desporto onde já não se praticava e sua implantação onde nunca existiu.

Quando questionado sobre a utilização das bolas de futebol, basquetebol e andebol no xadrez, Domingos Langa respondeu afirmando que “são para oferecer as associações da província de Maputo, onde sou presidente do Conselho Nacional do Desporto (CND).”   

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