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Enxaqueca: a dor pouco conhecida

É frequente nos queixarmos de dor de cabeça. Porém o que pouco se sabe é que esta pode tomar várias designações de acordo com a forma como se manifesta.Nesta edição vamos falar sobre enxaqueca, um tipo de cefaleia (dor de cabeça) que afecta muitos moçambicanos.

Nem toda dor de cabeça deve ser denominada de enxaqueca. A enxaqueca é uma dor periódica e recorrente, que se manifesta de forma pulsátil afectando dois ou apenas um lado da cabeça. Acontece com maior frequência em mulheres com idade entre 25 a 45 anos.

De acordo com Richard Nkurunziza, médico internista, esta dor tem origem na perturbação dos neurónios e dos músculos, acompanhada de náuseas, vómitos, sensibilidade à luz e ao som alto. Pode durar de 3 a 72 horas de acordo com a sua intensidade.

Apesar de ainda não serem conhecidas as causas exactas desta cefalia, a Medicina relacionando-a com o sistema cerebral e com genética.

De acordo com o nosso entrevistado existem factores externos que podem influenciar no desencadeamento de uma crise. Ostress, as alterações hormonais, o jejum prolongado, alguns alimentos e cheiro forte de alguns perfumes, por exemplo, podem desencadear uma enxaqueca. Mas a melhor forma de prevenir é evitar a exposição à estes factores, afirmou Nkurunziza.

A enxaqueca ocorre quando as células do sistema nervoso se encontram em estado de excitabilidade e reagem à um factor externo, enviando, deste modo, impulsos aos vasos sanguíneos causando ma contracção seguida de expansão de substâncias que culminam com a dor.

No entanto, de acordo com o nosso entrevistado, a manifestação da crise é sempre igual, diferindo apenas a intensidade da dor.

Geralmente a dor pode ser ou não acompanhada de alterações visuais. Este fenómeno é conhecido por aura.

Na enxaqueca com aura a perturbação da visão ocorre durante cinco a 20 minutos antes do início da dor. Contudo, o comum é a ocorrência da enxaqueca sem aura.

É importante referir que um episódio não se revela suficiente para afirmar a ocorrência de enxaqueca. Entretanto, o recomendável é que se recorra à uma consulta médica para melhor diagnóstico e acompanhamento.

Por Luísa Jorge

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