Afinal não foi a Marcleusa Construções responsável pela construção da bancada derrocada do campo de futebol do Costa do Sol. Em Junho de 2011, conforme correspondência trocada entre o
COJA e a construtora, a Marcleusa avisou o Comité Organizador dos Jogos Africanos que a bancada estava na eminência de ceder, recomendando para que a mesma fosse interditada.
A Marcleusa apenas reconstruiu a alvenaria referente à parte superior do muro que havia cedido na altura, por uma questão de estética e preservação de imagem para o evento, tendo esta acção tido lugar por recomendação da fiscalização, porém, com o dono da obra (COJA) e Costa do Sol, todos conscientes de que a bancada iria ruir nas chuvadas seguintes.
Carta da Marcleusa ao COJA
“Exmo. Senhor Director
Na reunião da tarde do dia 07 do mês em curso realizada entre a Projel e a Marcleusa Construções, na obra de reabilitação do campo do Costa do Sol, foi constatado o surgimento de fendas longitudinais na zona de transição entre as bancadas topo sul e central sol. O muro de suporte que faz a contenção desta bancada está a ceder. Há indícios de que nas próximas chuvadas poderá ruir e levar consigo a bancada.
A reconstituição ou construção dum novo muro de contenção seria bastante onerosa para o orçamento disponível para esta empreitada.
A resolução do problema para a PROJEL, consistiria em interditar o uso desta parte da bancada na realização dos Jogos Africanos. A reconstituição da mesma seria posteriormente da responsabilidade do Clube de Desportos Costa do Sol, quando lhe for entregue as instalações após a realização dos Jogos Africanos.
Para preservarmos a estética na zona onde ruiu a alvenaria, parte superior do muro será avaliada a possibilidade de o reconstruir dentro dos orçamentos disponíveis”.
