O árbitro é uma figura que se pretende imparcial independentemente do jogo. Há uma crença generalizada de que ele, o árbitro, domina os contextos e deve, em milésimos de segundo, ajuizar e correctamente. Também é comum, não interessa a latitude, os adeptos – também não interessa a modalidade – descarregarem parte das suas frustrações sobre essa figura.
Bula Bula questiona-se até, porque é que regra geral eleé obrigado a vestir-se de preto… alguma razão há de haver!
O futebol, em particular, atrai muitos adeptos. Há quem o compare a política. Nos dias de hoje, todos já falam de política como há muito falavam de futebol, com opções de jogadores, esquemas tácticos, substituições e a cor dos cartões, entre amarelos e vermelhos, a admoestar artistas.
Agora tudo mudou; melhor, agora há mudanças profundas nas regras do jogo; como sói dizer-se, a corrente dos ventos pode muito bem ditar novas rotas e obrigar a mudanças radicais de orientação e aplicação de regras, a semelhança dos desafios intelectuais na Comissão Nacional de Eleições (CNE) que soaram alto, mas não tão alto para cutucarem uma “Perdiz” – ontem do “caraças” – e leva-la a apadrinhar antigos sonhos ocultos mas renovados pela porta da sociedade civil.
Em surdina diz-se que há sempre um sonho por perseguir e o homem não tem culpa de perseguir o seu. Isso é tão líquido que até dizia o bom do Fernando Pessoa que “há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.
Bula-buladeseja boa sorte ao colega Salomão Moyana nas novas funções!