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GALAROZ DO SUMIÇO: Ossufo Momade, o nosso Drax

Por Jornal domingo

Há políticos que têm o condão de aparecer em ambientes húmidos e quentes, como os cogumelos. Neste caso, um enorme cogumelo, floresceu quando morreu Afonso Dlhakama, sendo preciso encontrar muito rapidamente o seu sucessor na Renamo, porque assim como na política, na guerrilha também existe urgência em suceder os líderes que morrem, mesmo que por doença.

Desde logo o general-cogumelo deu um passo em frente, ou teriam sido dois? e se adiantou para o escrutínio, exibindo as muitas e reluzentes estrelas da sua patente, assim como se expusesse as craveiras sobradas do tempo da guerra. Outros, alguns até generais com estrelas, como o Ossufo, concorreram às ditas eleições que, como não podiam deixar de ser, mais democráticas que a própria democracia.

E Ossufo ganhou, cantou de galo que se farta, muito embora os seus cantos sempre nos tivessem parecido pouco eloquentes, e assim é desde 2019, altura em que subiu ao poleiro, com cantares alentejanos as vezes ininteligíveis, como dissemos, e muito jeito para teatralizar, como aconteceu em Alto Mulócuè, em 2024, onde se reelegeu à custa de uma tragicomédia de fazer inveja quanto ao Romeu, quanto a Julieta.

Depois é o que todos sabemos, ou não sabemos, do seu paradeiro. A impressão com que se fica é que o Ossufo Momade apaixonou-se por aquele personagem da Banda Desenhada que domina a arte de ficar invisível ao olho humano, dai o Galaroz do Sumiço para o nosso Drax.

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