Bula Bula

Exímio caloteiro deixa dívida de milhão e meio de meticais

Reza a sabedoria popular que “quem não deve, não teme”. Que coisa tão simples, todavia profunda. E secular. Toda a gente conhece este dito popular. A novidade – grande e cinzenta – é que

 há gente de cabelo branco, que temendo porque devendo, preferiu o caminho do mato a honrar os seus compromissos…

A novidade chegou ao Bula-Bula por intermédio de algumas vítimas de um calote de quatro estrelas. As estrelas têm a ver com o generalato. Pasme-se todo o mundo: o pai da democracia é um caloteiro! Ou serão, antes, as más-línguas? Questionou-se o próprio Bula-Bula.

O ponto é que o vento sopra mesmo do norte. Nampula mais exactamente. Sopraram, perante evidente espanto de Bula Bula, que o progenitor da democracia na sua epopeia nampulesca deixou uma dívida de bradar aos céus. O acto, tipo cowboy, é mesmo digno de um western, onde um gajo entra num bar de gangas e gabardina, a ocultar duas pistolas, e acto contínuo pede um copo de “leite de cabra” (morno) e chegada a hora do pagamento desata aos tiros para fugir às suas responsabilidades, ou seja, não pagar conta.

Pelo que segredaram a Bula-Bula, mais coisa, menos coisa, terá sido isto que se deu com o líder da “perdiz” na sua passagem por Nampula. Que Dhlakama viveu um bom par de meses numa residência, de um particular, localizada na Rua das Flores, na cidade de Nampula, não é novidade para ninguém.

Mas o que, até ontem era segredo, para alguns, é que o líder da Renamo “fugiu” de Nampula deixando para trás uma dívida monstruosa. O próprio, entrou em Nampula pela porta grande, lá viveu e esbanjou “charme”, mas na hora de sair, fê-lo pela porta dos fundos, em direcção a Santugira, deixando para trás uma pilha de facturas por pagar sobre a mesa. Haja moral!

Há gente que chora dia e noite em Nampula, porque o auto-proclamado “percursor da democracia em Moçambique” não se digna a pagar o que deve e, ao que consta, ignora as chamadas dos seus credores.

Alguns, bem desesperados, pediram a Bula-Bula o mapa do covil (que palavra feia), em Santugira, porque equacionam a hipótese de lhe fazerem uma visita de cortesia. 

Bula-Bula,que anda geralmente bem informado, já teve acesso aos números da dívida: Um Milhão e Seiscentos e Noventa e Quatro Meticais (1.694.000,00 Mts) mais quinheta, menos quinheta…Deste montante, pelo menos Um Milhão e Setenta e Dois Mil meticais dizem respeito a uma dívida contraída pela Renamo junto de um cidadão, cujo nome omitimos propositadamente, referente ao arrendamento de uma moradia… casa cujo contrato (1800 dólares/mês) afinal foi feito em nome da deputada Lúcia Afate (mas isso, isso são outras cantigas).

Como se isso não bastasse, o líder da Renamo contraiu outras dívidas com alguns agentes económicos locais as quais não se dignou ainda saldar. Segredaram, entre ranger de dentes, que o grande Chefe de 4 Estrelas tem contas por pagar no Complexo Turístico Nasa, onde lhe espera uma dívida de 235 mil meticais; no estabelecimento Comercial Isai, 187 mil meticais e 200 mil meticais referentes à aquisição de uma viatura, de entre outras dívidas. É caso para dizer que “o Rei vai nu”! Bula-Bula sabe que todos os que tentam “incomodá-lo” para exigirem o pagamento do que lhes deve ele simplesmente ignora as chamadas.

Ora, do seu amor verbal pela paz e diálogo, bem como a obsessão pela perfilhação (sem averbamento) da democracia, todo mundo está careca de saber. Aliás, da fala aos actos a distância é colossal. Está claro que estamos perante um verdadeiro “sadomasoquista” que age tipo um lobo, isso sim, que arreganha os dentes (como se estivesse sorrindo) e abocanha com sofreguidão a sua presa, e volta a sorrir, ou melhor, a arreganhar os dentes ensanguentados de satisfação.

Há outras tantas línguas que – até Bula-bula desconfia das intenções –queinventaram que a ida a Santugira foi uma fuga para frente, porque já não há moedas nos bolsos e que as cenas de Muxunguè e Savane visam arrecadar algum… mas isso, isso são as más-linguas, algumas que insinuam que na Cidade da Beira há outras makas… como se o pai da democracia não pudesse ficar “txonado” como qualquer mortal. 

 

Dialogo com o dedo no gatilho!

 

 

Nkaringana wa nkaringana…

Era uma vez um sujeito que levou a vida inteira a reivindicar a paternidade da democracia, sem nunca fazer menção do lado materno dessa mesma filiação, que acabou por provar aos moçambicanos e ao mundo que o seu conceito de democracia é do tipo “Guns & Roses”! Isto é, de dia arvora-se “pai da democracia”, amante do diálogo, o garante da paz e quejandos, mas ao cair da noite – até porque lobo será sempre lobo – deambula pelos carreiros de Santugira, uivando a plenos pulmões, com o dedo no gatilho. Quando não pode ele próprio, manda disparar indiscriminadamente para tudo e todos que se façam a Estrada Nacional Número 1 (EN1), de preferência na zona de Muxungué.

A nação moçambicana, viu e chorou tal tragédia. Mas o próprio mandante de tais crimes hediondos, Afonso Dhlakama, só fingiu estar comovido depois de o sangue dos que mandou assassinar escorrer pela EN1 até regar-lhe os pés lá no seu novo refúgio, em Santugira. E sobretudo depois de ver na Televisão, como ele próprio admite, o semblante carregado e penoso de uma das sobreviventes. E enche a boca para dizer que os seus alvos não eram civis mas sim elementos das Forças de Defesa e Segurança (esses para ele não são moçambicanos) camuflados de passageiros civis em autocarros e viaturas particulares!

Bula-Bulaviu e ouviu o dito amante da paz e do diálogo a gabar-se das matanças que ordenou em vários canais de televisão. Coisa de psicopata em filme de terror que se excita com a publicidade das suas diabruras! A palavra perdão não faz parte do seu vocabulário! Não sabe que a vida é feita de pequenos nadas e pedir perdão é um dos nadas! Pelo contrário, continua de crista e nariz empinado, como quem zomba da desgraça alheia. Faz lembrar um hilariante filme do actor italiano Franco Nero, personagem principal, no filme “Mata e Reza”!

É que não cabe na cachimónia de Bula-bula que vá alguém desconfiar que num “chapa – 100” vá caber um tanque de guerra ou um contingente militar armado até aos dentes. Ou ainda que num camião, cheio de portas, se escondam comandos do tipo “Rambo” prontos a devastar tudo e mais alguma coisa.

E há quem celebre “razões em demasia” para que o “líder” continue a fazer finca-pé no seu reduto no concernente ao diálogo ao mais alto nível. Se calhar, o problema é que na verdade o pai da democracia não tem realmente onde ficar em Maputo, dado que a famosa casa ali perto da Presidência não é da sua real pertença (Bula-bula promete fazer de James Bond para apurar a verdade no meio disso tudo)…é que quem lutou pela democracia merece mais do que uma cabana!

 

 

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