Um certo nervosismo do tipo doentio tem estado a perturbar o candidato à sua sucessão ao Município de Quelimane, Manuel Araújo. Dizem as más-línguas que o homem parece andar com os punhos cerrados e pronto para esmurrar a tudo e todos. Decretou a lei marcial e seus apoiantes seguem-no à risca. Estes envolvem-se deliberadamente em escaramuças com apoiantes de outros candidatos, numa mera atitude provocatória.
Bula Bulasoube que na quinta-feira última, enquanto o candidato Manuel Araújo abandonava a actividade de campanha em Quelimane para ir alegadamente reforçar a caça ao voto do candidato do MDM em Mocuba, alguns dos seus simpatizantes resolveram, não se sabe a mando de quem, se concentrarem diante da entrada principal da casa do candidato da Frelimo, Abel Albuquerque, e proferir impropérios, arremessar pedras para o portão e importunar a vizinhança, numa clara atitude de arruaça.
Sopraram a Bula Bula que depois de Araújo ter usado abusivamente uma linguagem marcadamente tribalista para aglutinar apoiantes chuabos à sua volta e de já lhe escaparem argumentos convincentes para provar que as mudanças para o melhor que estão a ocorrer em Quelimane são da sua autoria, este candidato começou a cair no descrédito e a ver a sua base de apoio cada vez mais distante de si.
O seu estilo de governação pouco ortodoxo e que se assemelha a um monarca absoluto está também na base do princípio do fim do seu reinado, facto aliado também a algumas quezílias com a Direcção do MDM, formação na qual se atrelou para lançar a sua candidatura naquela autarquia. Como um verdadeiro cidadão ingovernável, Araújo tem denotado perseguir uma agenda e interesses que em nada coadunam com os que são definidos pela formação politica que suporta a sua candidatura, agindo como um artista a solo.
Um dos exemplos de que Araújo está mais preocupado com seu próprio umbigo e manda bugiar o MDM é de que até as cartas emitidas pelo Gabinete de Apoio Ao Manuel Araújo (abreviadamente designado por GAMA) referem claramente que para além de garantirem a confidencialidade sobre qualquer apoio recebido, os apoios financeiros, sublinhe-se, esses poderão ser depositados em duas contas( no Standard Bank ou BCI) cujo titular das mesmas é, minhas senhoras e meus senhores, o próprio edil Manuel Araújo!
E desta forma vai funcionando o GAMA. Aliás, Bula Bula xeretou que na língua shangana GAMA significa milhafre pelo que aqui se oferece uma camisete e um boné a quem disser acertadamente qual o principal vício de um milhafre.
As más línguas referem que este comportamento bacalhoeiro de Araújo também vinha sendo evidenciado no próprio Município de Quelimane onde praticava uma gestão da coisa pública pouco consentânea. Só ele próprio sabe onde foram parar os fundos canalizados pelo Governo central para financiar os munícipes de Quelimane, de modo a combater a chamada pobreza urbana.
Mas os pecados do actual edil de Quelimane somam-se igualmente ao seu feitio e carácter que amiúde se deixa comandar demasiadamente pela flacidez da sua língua ao ponto de fazer pronunciamentos que se assemelham a um tiro no próprio pé e a colocar muito alto a fasquia em algumas das coisas que “vive prometendo, sem se preocupar em cumprir”.
Aliás, é visível o incumprimento gritante das promessas eleitorais feitas aquando da realização das intercalares de Novembro de 2011, a forma pouco ortodoxa que caracteriza(ou) a sua governação municipal, onde, no que toca aos fundos, a Assembleia Municipal, na qual o seu MDM não detém um único assento, este órgão não era tido e nem achado, mesmo em matérias que à luz da Lei das autarquias e outras afins era mandatário a consulta e aprovação do mesmo.
Sintomático ou não, a verdade é que a actividade de caça ao voto de Manuel Araújo tem sido irregular, com muitas paralisações e quando acontece, têm sido privilegiados contactos interpessoais e cada vez menos aparições pomposas na via pública, ao contrário do que sucedeu nas intercalares de Novembro de 2011.
O próprio candidato, Manuel de Araújo, às vezes abandona Quelimane, sua área de jurisdição, e vai alegadamente “reforçar” a campanha de outros candidatos do MDM nos municípios de Mocuba e Gurué, deixando os seus apoiantes aparentemente à deriva e sem espaço e meios de acção.
Aliás, consta que numa das suas incursões a Gurué, na sexta-feira última, o candidato Manuel Araújo ter-se-ia envolvido em escaramuças, onde alegadamente espancou um cidadão simpatizante de uma outra filiação partidária, o que fez com que fosse abordado pelas autoridades policiais. Enfim, é o cumulo da arruaça.
