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A paz da consciência é o maior dom

Por Idnórcio Muchanga

Esta é a narrativa sobre consciência, focada naqueles que não conseguem deixar problemas no passado, ou seja, naqueles que adoram andar entre tropeços e arremessos.

Bula-bula acha esta postura simplesmente lamentável, até porque levar a vida aos soluços tira estabilidade emocional a qualquer um. E para que não seja chamado de tremendo dramático ou de um verdadeiro X9, desta feita “alegra-se” pela solução encontrada no viaduto Alcântara Santos, a rampa mais famosa da província de Maputo, que desce em direcção à Praça Robert Mugabe, na parte baixa da capital moçambicana.

Vale lembrar que nem sempre a pressa deve ser vista como inimiga da perfeição, até porque em alguns casos a indigência é tanta, que mais vale tapar o buraco da vergonha ao estilo do remendo que se faz numa peça de vestuário.

Conforme se vê, de quando em vez, Bula-bula consegue ser compreensivo, sobretudo porque não há ninguém nesta vida que não possua um metro de vidro na extensão do seu telhado.

Ora, de fofurice em fofurice, lá vamos nós arranjando soluções paliativas. Antes vale o improviso no lugar da distribuição automática de passaportes que levariam automobilistas a uma viagem directa a um plano extra-terreno.

Assim, o que soava a um silêncio ensurdecedor mediante tamanho perigo, acaba de ganhar outra significação. E, estando em jogo a estética, a perfeição contra a segurança, melhor é que vença – ainda que a curto prazo – a segurança.

Em substituição da assinatura do desmazelo, vai um salve, mas sem continência, ao idealizador do grande projecto.

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