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25 de Janeiro de 2015 BULA-BULA “Madgermane” entre a espada e a parede

Bula-bulapublicou na edição do dia 11 de Janeiro corrente um artigo com o título em epígrafe sobre os antigos trabalhadores moçambicanos na RDA.

Bula-bulatranscreve, a seguir, o esclarecimento da Associação dos Antigos Trabalhadores Moçambicanos na Alemanha (ATMA), nas vozes de José Cossa, presidente, e Arnaldo Mendes, vice-presidente, que compareceram nas instalações da Sociedade do Notícias acompanhados de vários colegas seus. Importa referir que apesar do burburinho havido, este grupo não invadiu a Redacção do Jornal domingo, como foi erradamente noticiado. O grupo permaneceu na entrada principal das três redacções (Notícias, Domingo e Desafio) e os depoimentos que se segue foram colhidos no local.

“Queremos que se reponha a verdade naquela notícia do Bula-bula. Porquê o título “Madgermans” entre a espada e a parede? Porquê isso? O que é que queriam dizer com isso? E do “bávaro” que nos incitou para marchar contra o governo moçambicano e em nome da “perdiz”? O que é que se pretendia dizer com isso? Nós não temos nada nem com a “perdiz”, nem com o tal bávaro. Essa linguagem usada é baixa e barata.

O embaixador quando veio visitar-nos pretendia simplesmente conhecer os escritórios dos “Madgermans”. À chegada a Moçambique conheceu a mim (presidente da ATMA) através da media alemã e quis conversar comigo como pessoa. Então no dia 2 de Outubro, dia da queda do Muro do Berlim, convidou-me para conversar no sentido de conhecer os nossos escritórios em Maputo e eu expliquei que ficámos entre as avenidas 24 de Julho e Ahmed Sekou Touré, vulgarmente conhecido por Jardim dos “Madgermans”. Ele veio aqui e eu expliquei que o meu escritório é este e falamos de tudo que toca a vida dos “Madgermans”. Expliquei a ele que o meu escritório é flutuante, que assino tudo nas costas de cada um e ele riu-se porque os europeus quando falam de escritório correm logo para as quatro paredes dentro de um edifício.

Nós fomos ter com os órgãos de comunicação social que passaram a informação nos seus rodapés para não repetirem o termo “bávaro”. Igualmente explicámos ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para ter cuidado com isso e nada mais. Então, quando isso aparece logo no início do ano é triste. Ele conhece a situação dos “Madgermans” com o Governo? Queremos que se reponha a verdade e que não nos incitem a marchar em nome da Renamo porque não temos nada a ver com este partido. Se quisermos marchar em nome deste partido vamos tomar a nossa própria decisão e não precisamos de ser aconselhados por ninguém. Marchamos simplesmente como um direito constitucional e o nosso caso está na Presidência da República e ninguém deve se meter porque tratamos o assunto com o Governo e tudo está encaminhado”.  

ARNALDO MENDES, VICE-PRESIDENTE DA ATMA

“Acrescentar que não somos manipulados por ninguém, instrumentalizados por ninguém, o senhor embaixador da Alemanha fez uma visita de cortesia para conhecer onde é que nós ficamos porque há laços de ligação muito fortes com a Alemanha. Nós deixamos filhos lá, há uma ligação forte de sangue e ninguém vai apagar isso. Quiseram queimar a imagem do embaixador, mas não vão conseguir. Então, eu queria repetir e assegurar que ninguém nos manipula e instrumentaliza. Há um problema entre o grupo dos antigos trabalhadores moçambicanos na Alemanha e o Governo que tem de ter uma solução. O Governo roubou dinheiro e é preciso que se reponha isso e mais nada”.

 

 

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