O domingo publicou um texto com o título “Calhamos com um do pote 1?” que, segundo a Embaixada dos Estados Unidos da América, enferma de algumas lacunas. Assim, no uso do direito de resposta, publicamos a reacção da Embaixada.
A Embaixada dos Estados Unidos da América apresenta os seus cumprimentos ao Conselho Superior de Comunicação Social e tem honra de solicitar a intervenção deste organismo, no âmbito das competências que lhe são atribuídas, para violação flagrante dos padrões de ética jornalística cometido pelo jornal Domingo.
É decepcionante que o jornal Domingo continue a publicar inverdades na sua página do bula-bula sobre figuras que fazem parte do corpo directo da Embaixada dos Estado Unidos da América.
E com o mesmo desagrado que chamo a tenção para vários erros factuais no artigo do bula-bula da última edição de 8 de Novembro de 2015.
Certamente que respeitamos a liberdade de expressão e o direito de um jornal criticar funcionários públicos do seu próprio país ou de qualquer outro.
Contudo, um jornal que verdadeiramente deseja desempenhar o seu papel numa democracia engaja–se em reportar tanto de uma forma livre como responsável.
Como é do vosso conhecimento, qualquer peça informativa responsável requer pelo menos a verificação dos factos.
Neste contexto e para esclarecimento dos leitores em geral sobre o assunto versado no BULA BULA acima referenciado, gostaríamos de informar o seguinte: no artigo sobre o Embaixador-designado Dean Pitman, o jornal domingo cometeu vários erros factuais.
Fizeram referência à primavera árabe, para depois discutir o papel desempenhado por Pittman em 2003 e 2004, no qual é referido como tendo sido vice-director da Autoridade da coligação Internacional no Iraque que levou à queda de Saddam Hussein.
Em primeiro lugar, gostaríamos de recordar que a Primavera Árabe começou em Dezembro de 2010, portanto, não tem nada a ver com o papel de Pittman no Iraque. Em segundo lugar, o seu cargo foi de Director –Ajunto para a governação e não como foi mencionado – o de vice director da Autoridade da Coligação Internacional.
O mais notório dos erros factuais cometidos, no entanto, foi a afirmação incorrecta de que Pittman teria estado em Maputo em 2003 e 2010. Na realidade, Pittman trabalhou na Embaixada dos E.U.A. em Maputo de 1991 a 1993. Desde então não voltou a Moçambique e certamente não estava aqui em 2003 ou 2010.
Caso o jornal Domingo tivesse tentado contactar, em qualquer momento, a Embaixada dos Estado Unidos para verificar os factos, poderíamos ter-lhes facultado a informação correcta.
Cabe frisar que é realmente decepcionante que um jornal com uma longa tradição no panorama informativo moçambicano não se importa o suficiente pela qualidade jornalística e nem sequer verifique os factos de um artigo antes de publica-lo.
Sem outros assunto de momento, subscrever-me com alta consideração.