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Vida artística de Cândida Mata exibida em palco

Por admin

Não são todos os dias que se comemora cinquenta anos de vida e se tem a sorte de celebrá-los realizando um sonho, reunindo antigos colegas, alunos e apreciadores da nossa obra. Cândida Mata, fê-lo com mestria em espectáculo realizado no Teatro Avenida.

 Carinhosamente tratada por professora Candinha, Cândida Mata assinalou cinquenta anos de vida dos quais trinta dedicados à vida artística. Um feito que foi pretexto para juntar no Teatro Avenida, figuras que há muito não as víamos desfilar em palco.

Maria Luísa Mugalela, Samuel Modumela, Joel Sele, Arnaldo Massangaie, Ana Vasta Chissano, Yolanda Arcelina, Raquel Amone, Becas Fernandes, Maria da Graça Miguel, Penalva César, Angelina Magaia, Ana Magaia, Adelino Branquinho, José Gravata, David Abílio, Maria Atália, Lokua Gravata, antigas alunas da Escola Nacional de Dança, Companhia Nacional de Canto e Dança e tantos outros, celebraram com pompa, artisticamente o aniversário da Cândida Mata.

Uma actividade multicultural com a duração de uma hora e quinze minutos foi o que se assistiu no palco do Teatro Avenida.

N´tlhanguela Muvumbi Wanga(agradeço ao meu criador), foi o lema escolhido para contar o percurso artístico de Cândida, ela que é bailarina, professora de dança, corista na Igreja, membro activo no Majescoral, e presentemente, Directora artística da Companhia Nacional de Canto e Dança, agremiação que integrou, como artista, desde a sua fundação.

Lokua Gravata, Eunice Combane  e a professora Maria Atália que uma vez mais mostrou seus qualificados dotes de actriz, à semelhança do que tem estado a mostrar no Mahamba, tiveram a missão de interpretar diversas fases da vida da homenageada. Elas, de quando em vez apareciam em palco para narrar “na primeira pessoa” o percurso da Candinha. Enquanto isso, David Abílio, Adelino Branquinho e José Gravata, descreviam os vários momentos do percurso artístico da Candinha, sem deixar de fazer menção ao professor  Carlos Siliya, Amélia Carlos e a própria Maria Luísa Mugalela que trabalharam muito tempo com ela.

Musicalmente, os gémeos Willy e Aníbal Matine, o professor Yana, Arão Litsuri e Hortêncio Langa, assim como os percussionistas da Companhia Nacional de Canto e Dança, coloriram o espectáculo. A homenageada partilhou a sua voz com a plateia ao cantar acompanhada por Will e Aníbal e as coristas Mangunhuta Xigoviya. 

Foi também pedido à plateia um minuto em silêncio em homenagem a Amélia Carlos, outra militante das artes que ano passado perdeu a vida.

Maria Luísa Mugalela, directora da Escola Nacional de Dança, fez parte do elenco. “Foi um espectáculo bonito. Tivemos Konzate, N´ganda, poesia em jogral. Por outro, tivemos Niquetxe, Chiwoda, performance dos ex-alunos da Escola Nacional de Dança. Tivemos ainda a dança Polka, representando a Rússia, também exibida pelos alunos da Escola Nacional de Dança”, explica Mugalela.

A obra espelhou a vida artística da Cândida Mata. “ Era preciso ir buscar pessoas com quem ela trabalhou. Foi bom recordar os nossos tempos de bailarinos, solistas. Entrar em palco foi bom para mim e muitos outros que sentiram a sensação de voltarem a ser vistos pelo público”, explica Mugalela.

A montagem da obra foi um trabalho conjunto. Entretanto, Maria José Sacor fez as últimas afinações. Em termos de poesia juntaram-se vários trechos de poemas diversos cuja linha era a manifestação de liberdade.

Em espectáculo cuja lotação esteve esgotada, o preço de ingresso simbolicamente foi de apenas cem meticais. 

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