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Teatro do Oprimido em festa

Por admin

Ontem, 16 de Março,  foi celebrado em todo mundo, o Dia Internacional de Teatro do Oprimido. A data é comemorada a propósito do nascimento de  Augusto Boal, criador deste método

 teatral. Boal, o dramaturgo, director e pesquisador de teatro, nasceu no Rio de Janeiro em 1931.

O Teatro do Oprimido é uma forma diferente de educar a sociedade civil, empreendendo diferentes formas de lidar e lutar contra opressão, explorados e oprimidos. É um teatro libertador e transformador.

Um dos objectivos do Teatro do Oprimido é transformar o espectador que assume uma forma passiva em sujeito activo. É criador da acção dramática que lhe é apresentada de forma que o espectador passe a protagonista e transformador da situação.

“A ideia central é que o espectador ensaie em cena a sua própria revolução sem ter que delegar a sua situação de oprimido aos personagens, desta forma consciencializa-se da sua autonomia diante dos factos quotidianos, refina e define suas estratégias de intervenção na vida real e caminha firme em direcção a sua real liberdade”.

No caso de Moçambique, onde o teatro do Oprimido é praticado há treze anos, movimenta centenas  de praticantes pelo país que estão envolvidos em muitas frentes prioritárias no desenvolvimento do país. São os casos de  educação, saúde, cidadania e governação, criança, mulher, meio ambiente e gestão do risco de calamidades de entre outras frentes de acção, criando oportunidades de interactividade comunitária na abordagem dos diferentes temas.

As cerimónias  centrais do Dia Internacional do Teatro do Oprimido tiveram lugar no distrito de Marracuene. Entretanto, movimentos comemorativos se registaram em outros distritos onde grupos praticam Teatro do Oprimido.

Junto ao espaço do Monumento aos Heróis do Gwaza Muthini, foi realizado o evento que contou com a participação  de diversos grupos de Teatro oriundos dos distritos de Chibuto, Bilene, Namaacha, Inharrime e Jangamo. Juntaram-se à festa, artistas de outras modalidades, tais como  Poesia, Dança, Música, humoristas, entre outros.

Uma exposição denominada  “Ser Humano no Lixo” e que resulta das oficinas de estética do oprimido realizadas o ano passado, exibiu  inúmeras obras de arte, cenografia, adereços e utensílios vários produzidos a partir do material reciclado. 

“ As comemorações do Dia Internacional do Oprimido marcaram  a abertura oficial das actividades 2013 do GTO-Maputo e de todos grupos teatrais associados a RETEC – Rede Moçambicana de Teatro Comunitário. Recordar que a sede da agremiação fora grandemente assolada pelas chuvas torrenciais caídas em Maputo, Janeiro último, destruindo todo o património, documentos e arquivos, afectando sobremaneira a capacidade de seguir em frente”, explica Alvim Cossa, Coordenador do Teatro do Oprimido.

 Recordar que anualmente têm lugar nas capitais provinciais formações de novos actores do Teatro do Oprimido.

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