O Ministro da Cultura e Turismo, Silva Dunduro, afirmou recentemente que uma das grandes apostas do seu mandato é a criação de um Banco Cultural, com vista a apoiar as iniciativas dos fazedores das artes moçambicanas.
Dunduro falava durante a primeira visita que efectuou à Associação dos Músicos Moçambicanos (AMMO), na qual lhe foram apresentados escritórios, o estúdio de ensaios e de gravação e aindauma exposição de instrumentos musicais organizada a propósito da visita.
O Ministro pretendia com a visita inteirar-se do funcionamento daquela agremiação, e saber das inquietações que assolam aquela classe artística moçambicana.
No local, ouviu os músicos, na voz do Secretário-Geral da AMMO, Domingos Macamo, reclamarem da falta de estatuto sócio-profissional, de créditos bancários, das dificuldadesencontradas nas fronteiras nacionais quando trazem instrumentos do exterior,da pirataria, entre outras questões.
Face a situação, Dunduro afirmou que já estão a ser criadas condições para resolver uma parte dos problemas que foram referenciados, principalmente os de créditos bancários, os quais não só afligem a classe musical, mas sim a classe artística no geral.
“O projecto de implementação do Banco Cultural vem para responder aos constantes problemas financeiros que a classe, não só musical, mas sim, artística no geral, tem enfrentado no que concerne à obtenção de apoio dos bancos nacionais”, disse
Fortificando a ideia da materialização do Banco, Dunduro disse “agora falta-nos apenas submeter o projecto ao Conselho de Ministros. E se for aprovado, poderemos implantá-lo ainda neste ano, e desse modo os artistas terão acesso a créditos bonificados”.
As negociações com outras associações para criação de laços que permitam maior visibilidade da produção artístico-cultural do país, são um outro foco do Ministro e de seu elenco.
Dunduro disse aos músicos que poderão ser criadas parcerias com instituições estrangeiras para que esses possam ter a chance de actuar noutros países, fazendo assim a divulgação da música nacional e intercâmbio.
Outro assunto que mereceu a atenção é referente a falta de editoras no país. E face a isso, Dunduro afirmou que um país não pode viver com editoras ou estúdios de quintais, e convidou aos músicos para juntos trabalharem e encontrarem soluções de modo que a música não seja banalizada e se eleve ainda mais a cultura.
Durante a visita, Silva Dunduro, fez-se acompanhar de Ana Coana, Vice-Ministra da Cultura e Turismo.
Fotos de Inácio Pereira