TEXTO DE NEYMA DE JESUS
Pinta murais, telas, faz retratos, ilustrações, instalação, enfim, praticamente tudo que diz respeito às artes plásticas. Sandra Pizura é “designer” de profissão, entretanto confessa que é pelas artes plásticas que “morre” de amores. Aliás, foi nesse campo que venceu, recentemente, o Prémio Excelência, no Festival Internacional de Artes “Blooming Art”, na Coreia do Sul.
Talentosa, conta que a “queda” pelas artes faz-se presente na sua vida desde a infância. Com as experiências vividas pelos becos do icónico bairro da Mafalala, junto de amigos “super criativos”, passou a retratar o que vivia através do desenho.
E porque desde pequena demonstrou habilidades artísticas avançadas, a sua mãe incentivou-a a estudar na Escola de Artes Visuais, o que considera “uma boa escolha, porque eu estava na minha praia”, diz. Assim, fez o ensino médio na escola de artes, profissionalizou-se em “design” gráfico e durante anos trabalhou nesta área.

Entretanto, quando surgiu a Escola Superior de Artes e Cultura (ISARC), não pensou duas vezes e agarrou a oportunidade de fazer o ensino superior. E nunca mais parou. “Passei a ter mais tempo para fazer o que eu gosto, que são as artes plásticas”.
Hoje Sandra Pizura é conhecida pelas suas obras que mostram a vida social, com uma abordagem crítica. “Sou um pouco mais sensível a temas que têm a ver com violência; a situação de Cabo Delgado, por exemplo”. Acrescenta que “a cada dia vemos uma e outra coisa, e ganho inspiração. E quando as pessoas olham para a obra lembram do que aconteceu”. Leia mais…

