Assa Matusse, 28 anos de idade, faz parte do grupo de jovens artistas que têm vindo a dar as suas melhores cartadas no mundo da música, elevando a bom som o nome de Moçambique. Prova disso, em Abril lançou em França, país onde reside, o seu segundo álbum de originais intitulado “Mutchangana”.
Porque é imperioso e proibido não fazer o lançamento oficial no seu próprio país, Assa Matusse fez as honras e agraciou ao seu público com o seu novo trabalho discográfico, na noite de ontem, no palco do Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM), no concerto “África-Europa”, que celebra o Dia da União Europeia, data que se comemora a 9 de Maio.
“Mutchangana”, que nasce seis anos depois do álbum de estreia “+EU”, contém 11 faixas trabalhadas numa primeira fase em Moçambique, mas que depois tiveram a sua finalização na França. Todas as composições pertencem a Assa Matusse, com excepção de “Mata ni tayena”, composto pelo falecido pai. Aliás, é por isso que este trabalho é algo intimista da artista, que usa a sua voz e o seu talento (evidente tanto neste assim como no primeiro álbum) para homenagear o seu pai, mas também à sua cultura e aos valores identitários que lhe foram transmitidos.
Para materializar o álbum, contou com os préstimos do guitarrista Dodó, que desde o primeiro momento deu a alma e os ouvidos para traduzir em sons o que Assa lhe apresentava, através da voz, como proposta. Igualmente, houve uma mão do baterista Stélio Mondlane, que também não poupou na sua qualidade técnica e, por fim, Hélder Gonzaga entrou com o seu baixo para também ajudar a dar uma direcção ao “Mutchangana”. Leia mais…
TEXTO DE PRETILÉRIO MATSINHE
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