Nacala-A-Velha é o título do livro de Justino Cardoso, lançado recentemente em Maputo sob chancela da Alcance Editores.
Com cem páginas, a obra Nacala-A-Velha (1976-2015)- Acensão duma região flagelada pela guerra, fome e miséria, retrata vários episódios da História de Moçambique.
Fazendo introdução dos factos históricos, o autor ilustra através da banda desenhada, os vários cenários ocorridos durante o período colonial. A abordagem é vasta, indo desde a queda do fascismo, assinatura dos Acordos de Lusaka aos movimentos pela Independência Nacional.
A guerra de desestabilização que durou dezasseis anos, os agentes envolvidos nas negociações para o Acordo de Paz, assim como a evolução e desenvolvimento do país, são outras temáticas em abordagem no livro.
Estão igualmente ilustrados no livro, agentes da PIDE em fuga. Casos de Pereira de castro – Ex-director da PIDE, Manuel de Matos Faria – Agente auxiliar, Francisco Langa – Guarda prisional, Alfredo Dias Pacheco – Agente de 1ª, Pedro Bahula – Cabo auxiliar, Manuel Bande Chirara- Cabo auxiliar, entre outros.
O autor, Justino Cardoso, é artista gráfico e de banda desenhada. Nasceu em Namapa-Éati e é um conhecido cartoonista em Nampula. Publicou seus primeiros trabalhos em 1978 e a sua primeira exposição foi em Pyongyang, na Coreia, em 1989. Criou em 1998, o MUHUPI, o primeiro jornal independente de Nampula, tendo sido coordenador na mesma cidade da Fundação Friederich Ebert. Em 2005, introduziu o uso da banda desenhada na reforma do sector público. Em 2009 publicou o livro “Moçambique -1498/2009”. Em 2012 publicou “A lenda sobre a origem do povo makonde de Moçambique”. No mesmo ano apresentou a primeira edição de “Os Makuas de Moçambique” para uma exposição no CERN. EM 2013 LANÇOU “ Ilha de Moçambique – História e Património; em 2014 – “Malangatana”; e em 2015 “Makuas de Moçambique”.
Justino Cardoso tem feito exposições individuais e colectivas em Moçambique (Museu de etnologia de Nampula, e L´Origine- organizada na Itália e Suíça.
As suas obras estão traduzidas para francês, inglês e italiano. Em 2015 foi galardoado pelo Estado moçambicano com mérito de Artes e Letras.