TEXTO DE NEYMA DE JESUS
Famosa pelas altas temperaturas, nos últimos cinco dias, a província de Tete, no centro do país, tornou-se ainda mais quente com a mistura de cores, instrumentos, ritmos e vozes que ecoaram e cruzaram gerações num evento que celebra e eleva a cultura moçambicana.
É o Festival Nacional da Cultura (FNC), na sua XII edição, que decorreu sob o lema “50 anos Consolidando a Unidade Nacional e a Paz através da Cultura”. Uma edição que celebra o que o povo moçambicano é, construiu e o que aspira ser como nação plural, resiliente e em permanente conquista de si mesma.
A província transformou-se numa galeria a céu aberto, com diferentes palcos que permitiram um intercâmbio entre filhos da mesma nação, mas com hábitos e costumes diferentes. Do Norte ao Sul, do Zumbo ao Índico, em Tete, ergueu-se a cultura, reafirmando que a unidade e a paz florescem mais ainda quando se canta, se dança e conta-se a própria história.
Mas, não foi só de música e movimentos dançantes que se fez a grande festa. Para terra dos seis C’s (cabrito, calor, Cahora Bassa, capenta, carvão e chicoa), as 11 delegações levaram o que há de melhor em cada uma das suas expressões e manifestações culturais. Oficinas criativas, performances de “stand up comedy” e sessões de cinema deram um toque ainda mais especial à edição.
Por outro lado, o artesanato, esculturas, fotografia e pintura são expressões que deixaram a feira rica, mercê do brilho criado por cada artefacto ali exposto e que, seguramente, era de fabrico local. As esculturas de Muanga Madeira, artesão da Zambézia que, entre outros materiais, usa o pau ferro como matéria prima, servem de exemplo. Leia mais…

