Era uma vez, uma mulher linda, de pele escura, típica de muitas mulheres africanas. Simples e humilde, ela dava pelo nome de Elsa Mangue. Não era hábito seu falar muito, porque o fazia muito bem através do canto. Ela cantava e encantava os que ouviam a sua música. Mesmo os menos atentos.
Sua vida resumiu-se na partilha de palcos com músicos nacionais e estrangeiros. Depois de iniciar sua carreira nos anos oitenta, Elsa interpretou vário cancioneiro popular, até começar a compor suas músicas.
Na esfera musical, Elsa Mangue foi a primeira artista moçambicana a ganhar um prémio internacional de música, ao ser considerada cantora revelação africana pela Rádio França Internacional (RFI), ainda na década 80. Internamente venceu o “Ngoma Moçambique” e o “Top Feminino”, as principais e mais prestigiantes competições da música moçambicana.
Temas seus que marcam os apreciadores da música moçambicana são vários. São os casos de “Ma Original”, “Xindzekwana”, “Fim de Estrada” e “Tindjombo”.
Os restos mortais da cantora que perdeu a vida, vítima de doença, foram trasladados para o distrito de Zavala, província de Inhambane, sua terra natal.
Elsa Mangue adoeceu durante muito tempo, tendo inclusive se afastado dos palcos. Entretanto, reapareceu há alguns anos e retomou a sua carreira musical.