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Coisas e loisas da Ilha de Moçambique

Por Idnórcio Muchanga

Em 1991 a Ilha de Moçambique passou a integrar a selecta lista daquilo que é considerado Património Mundial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) devido ao seu imensurável património arquitetónico, cultural e histórico.

Em rigor, a Ilha de Moçambique é a soma de várias culturas e povos que, ao longo dos séculos, foram deixando as suas marcas – que podem, felizmente, ser percebidas – originando uma “raça” que inclui macuas, goeses, hindus, árabes, persas, portugueses, etc.

A expansão comercial mundial terá tido um papel importante nessa caracterização das gentes da Ilha. Porque parte da Rota Comercial, a Ilha, tal como outros pontos da Costa Oriental de África, estruturou-se num sheikado liderado por um cidadão chamado Hassani Moussa M’Biki – de onde se calcula que venha o nome Moçambique – por volta do século XI.

Depois, no século XV, a presença europeia, alegadamente iniciada com a passagem do navegador português Vasco da Gama (há ainda uma imponente estatua do navegador), tornou a ilha num centro comercial ligando a Europa e o Oriente, sobretudo no que diz respeito ao comércio de especiarias, ouro,marfim e escravos, bem como um importante entreposto para abastecimento em mantimentos e reparação de navios.

Entretanto, passados todos esses anos, ainda é possível sentir esse misticismo que caracteriza o lugar. As gentes com as suas roupas, as estradas com vestígios dos materiais originalmente usados, mas sobretudo as casas lembram que o tempo é apenas passageiro e que há coisas que ficam gravadas para sempre. Leia mais…

Texto de Belmiro Adamugy
belmiro.adamugy@snoticicas.co.mz

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