Artes & Letras

CNCD recebe medalha de reconhecimento a seus feitos

A Companhia Nacional de Canto e Dança (CNCD) foi recentemente galardoada com a medalha de Ordem Eduardo Chivambo  Mondlane – 1º grau ( a mais alta distinção do país no âmbito do Sistema de Títulos Honoríficos e Condecorações da República de Moçambique).

Entregue pelo Presidente da República, Armando Guebuza, a medalha e diploma simbolizam o reconhecimento ao papel desempenhado pela CNCD na divulgação, preservação e disseminação das artes e cultura moçambicana, com destaque para o canto e a dança.

Fundada em 1979, a CNCD oficializou o nome em 1983. Seu longo e inquestionável percurso regista actividades de sensibilização sobre HIV/SIDA, educação cívica, preservação do meio ambiente, apelo para participação nas eleições. Por muitos anos representou Moçambique em festivais internacionais e temporadas nos vários países.

Ao nível da formação, a CNCD formou coreógrafos e bailarinos que por sua vez dão continuidade aos feitos, formando mais gente dentro e fora do país.

O Presidente da República, Armando Guebuza disse na ocasião que a Companhia Nacional de Canto e Dança é herdeira do projecto de Nação unida na sua diversidade concebida a 25 de Junho de 1962 e iniciada construir nas Zonas Libertadas. “É nessa diversidade cultural, de talentos e de saberes, que a nossa Companhia nasce, integrando moçambicanas e moçambicanos oriundos das fileiras dos libertadores da Pátria; do Batalhão de Honra das Forças Populares de Libertação de Moçambique; das nossas empresas e Escolas; e das Organizações Democráticas de Massas do nosso movimento libertador”.

Armando Guebuza disse ainda que com as bases sólidas e firmes, a CNCD nasceu carregando no seu ventre fecundo a Unidade na diversidade. “ A CNCD foi crescendo e afirmando-se como o nosso belo Moçambique cultural em miniatura, promovendo a nossa diversidade cultural como nossa riqueza colectiva e inalienável. Graças ao trabalho dos seus artistas, técnicos e dirigentes, a Companhia Nacional de Canto e Dança foi-se reinventando e se auto-superando para acompanhar a dinâmica política, económica, social e cultural, mantendo-se sempre fiel à sua matriz identitária que faz dela o nosso orgulho nacional, ontem, hoje e sempre”.

RECONHECIDOS MAIS FAZEDORES DA CULTURA

A cerimónia da galardoação contemplou ainda, a nível das artes e letras, Simão Pedro Tibúrcio Lindolondolo –  com ordem Eduardo Chivambo Mondlane – 1º grau;  Salomão Júlio Manhiça – Insígnia – medalha de mérito Artes e letras; Abílio Filipe Awendila – Insígnia – medalha de mérito Artes e letras.

Lindolondolo, célebre compositor, exímio tocador de piano, compôs a maior parte das canções da revolução, entoadas durante a guerra de libertação. Uma das músicas de sua autoria muito interpretada por músicos jovens é “….Sinto-me orgulhose de ser africano…meus antepassados todos nasceram aqui. Moçambique hoye…hoye hoye”.

Salomão Manhiça, etnomusicólogo, foi vice-ministro da Cultura e teve um papel preponderante na produção do primeiro hino nacional cantado durante 27 anos. Interviu e contribuiu para o desenvolvimento da música moçambicana de forma incansável.

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