Início » Cabo-verdianos deliram com a nossa Marrabenta

Cabo-verdianos deliram com a nossa Marrabenta

Por admin

Termina hoje em Cabo Verde a 29ª edição do Festival Baia das Gatas, evento que contou com elogiada participação de artistas moçambicanos. Participam no festival, que tem como palco a Ilha São Vicente

 artistas dos países falantes do português.

Moçambique faz-se representar por Dilon Djindje, Mingas, Stewart Sukuma, Yolanda, Sizaquel e Puko, acompanhados por um grupo de instrumentistas.

A banda de Moçambique actuou sexta-feira, logo após abertura do festival feita pela Banda Municipal. A missão de abrir o espectáculo de Moçambique coube a Sizaquel que, conciliando música e dança, conquistou a enorme plateia da Baía das Gatas.  Seguiu-se Dilon Djindje que cantou e dançou Marrabenta sem se cansar.  Podina é uma das músicas com que Djindje fez delirar os cabo-verdianos. Depois foi a vez de Yolanda que começando por cantar dois temas acústicos com os títulos Vermelho e Marrabenta, despertou a plateia sobre a existência de uma voz  sem igual em palco.

Mingas entrou e surpreendeu São Vicente ao saudá-los na sua língua – Bo noit Sancenteeeeeee. E a plateia correspondeu. Começava assim a cumplicidade entre a cantora e os espectadores. Trajada à africano, aliás, nota dominante em toda comitiva, um guarda roupa a condizer, Mingas cantou Dekela; Mweti; Djakuta; Xicongolotana; Ndzumba; Nawene.

Para finalizar, veio Stewart Sukuma. Enérgico, cantou e dançou Mandziko; Tingalava; Felizminha; Tukuraka. A festa foi ao rubro quando interpretou as marrabentas  Xitsuketa; Vale a pena casar;  Caranguejo.

Nota dominante é que os músicos moçambicanos saíram de casa com a lição estudada, tendo por isso adaptado algumas músicas para o contexto cabo-verdiano. Infelizmente, o facto de Moçambique não ter levado nenhum técnico de som acabou sendo prejudicial para os músicos.

No final da actuação, todos os músicos desfilaram em palco empunhando a bandeira de Moçambique e para surpresa geral, os músicos  receberam, em palco, dos vários dirigentes da Ilha São Vicente, diplomas de reconhecimento.

Os solistas moçambicanos foram acompanhados pelos instrumentistas Carlos Gove, Nelton Miranda(baixistas); Dodó, Jimmy Gwaza (guitarristas); Nelson Lifaniça, Nando, Jorge César (percussionistas); Thapelo (piano); Sandra e Sizaquel (coristas).

Participam no Festival os gruposBanda Municipal (um desfile de vozes de São Vicente que conta com vários artistas residentes e outros da diápora tais como Titina Rodrigues, Tito Paris, Constantino Cardoso, Jorge Sousa,  Diva Barros, Manecas Matos e Jennifer Soledad);Jorge Neto e Banda, Batchart; Cordas do Sol; Os Baptistinhas todos de   Cabo Verde; Banda Big Brother – Moçambique;  Santos e Pacadores – Portugal; Face a Face – Antilhas; Super Mamadjombo– Orquestra de Guiné Bissau; – Adi Cudz – Angola; Banda Calypso – Brasil; Alpha Blondy– Costa de Marfim.

A edição deste ano tem como mote, à figura e obra de  Jorge Cornetim – Jotamont,  pelos seus feitos e  dedicação a cultura cabo verdiana em especial para São Vicente.

Frederico Jamisse em Cabo Verde – Ilha São Vicente 

Você pode também gostar de:

Propriedade da Sociedade do Notícias, SA

Direcção, Redacção e Oficinas Rua Joe Slovo, 55 • C. Postal 327

Capa da semana