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Azgo! A festa chegou…

Por admin

Azgo é uma corruptela do inglês (Lets go) para dizer “Vamos”. Também é o nome de um dos mais importantes festivais internacionais do nosso país que, na sua VI edição oferece um programa diversificado de música, cinema e dança de extrema qualidade durante os dias 20 e 21 no Campus da Universidade Eduardo Mondlane.

 

Este ano, na sua VI edição oferece um lote de artistas de créditos firmados no panorama internacional e com uma grande legião de admiradores entre nós! Paulo Flores, Timbila Muzimba, Azagaia e os Cortadores de Lenha e Sauti Sol, Lura, Zahara, são alguns dos nomes que irão animar o festival.

A estes artistas juntam-se ainda Mr. Bow, Neyma, Tributo a Alexandre Langa, Gran'mah e Deltino Guerreiro, de Moçambique. E ainda HMB (Portugal), Maya Kamaty (Ilha Reunião), Estère (Nova Zelândia), Cold Specks (Canadá) e Kingfisha (Austrália).

Uma das notas de destaque desta edição – para além do tradicional Azgozito, evento direccionado para as famílias e em particular para as crianças – é a homenagem que se pretende fazer a um dos mais profícuos artistas da nossa terra, o incontornável Alexandre Langa com todo o elenco que trabalhou para o disco que recupera alguns dos mais emblemáticos sons daquele músico já falecido.

Ainda na onda dos clássicos da música de Moçambique, o autor de muitos êxitos do passado e sucessos de sempre, Xidiminguana, exímio guitarrista e intérprete, dono de um vasto e rico repertório musical, irá emprestar o seu talento ao festival.

A filosofia, segundo a organização, mantém-se a mesma; fazer do Festival Azgo uma plataforma que possibilita a colaboração entre artistas emergentes e aclamados, possibilitando também que estes se encontrem com um novo público na cidade das acácias.

Se é verdade que a fina flor do nosso país irá dar cartas no festival, também não é menos verdade que os artistas internacionais, casos de Lura, Zahara e Paulo Flores irão atrair muitos admiradores. Junta-se a estes os Sauti Sol e pode-se imaginar o resultado explosivo que irá acontecer… tendo como rastilho o Homem Bomba – Azagaia e os Cortadores de Lenha – que volta aos palcos do Festival AZGO. Desta vez o narrador de todos fenómenos visíveis e invisíveis, vai agitar as águas, recorrendo aos sons do seu último disco Cubaliwa.

Para nos levar de volta ás raízes, a música chopi dos Timbila Muzimba, uma banda composta por jovens marimbeiros amantes da música tradicional, irá marcar presença. Dj Kenzehero da África do Sul, vai incendiar a plateia misturando sons de todos os tempos e a todo gás, o mesmo será dos Majestic Sound System mas numa onda reggae dub. Para terminar, Bholoja, uma mistura da música tipicamente Swazi e do mundo.

INDÚSTRIAS

CULTURAIS

Inserido no festival AZGO, terá lugar nos dias 17 e 18 de Maio corrente, às 09horas, no Complexo Pedagógico da Universidade Eduardo Mondlane, a segunda série do seminário AZGO Dialogar, uma iniciativa que se enquadra na Sexta Edição do Festival AZGO.

O evento tem por objectivo, contribuir para o desenvolvimento artístico-cultural e para uma maior sensibilidade para as questões culturais em Moçambique e na África Austral, juntando públicos e artistas diversos, emergentes e famosos, de vários géneros musicais.

Através deste seminário o Festival AZGO espera promover o património cultural imaterial e a vida artística de Moçambique, posicionar o nosso país como um destino para os amantes da música, oferecendo oportunidades para profissionalização na indústria da música, envolver as comunidades locais e criar postos de trabalho.

SAUTI SOL

A FEBRE

DO MOMENTO

O Festival Azgo, sempre na dianteira, traz nesta edição, uma das bandas mais sonantes da música africana da actualidade. Trata-se dos Sauti Sol, 4 jovens quenianos – Willis Chimano, Savara Mudigi, BienAime Baraza e Polycarp Otieno – que estão a fazer um tremendo sucesso no mundo tanto em espectáculos ao vivo como nas pistas de dança.

Com uma carreira iniciada em 2005, eles já colocaram no mercado discos como Mwanzo, Sol Filosofia,  Sauti Sol, Live and Die in Africa, último este lançado no ano passado.Já foram vencedores do prémio MTV Europe Music Award para categoria Best African Act, e muito recentemente em parceria com os Mi Casa, lançaram a música Tuale Fofofo.

PAULO FLORES

REI DA SEMBA

Paulo Flores Costa  é um dos cantores mais populares de Angola. Mudou-se para Lisboa  durante sua infância. Começou como cantor de kizomba, lançou o seu primeiro álbum em 1998. As suas canções falam de temas como a vida quotidiana dos angolanos, a guerra civil e a Magoga.

Na sua vasta discografia perfilam obras como Kapuete, Sassasa, Coração farrapo, Brincadeira tem hora, Recompasso, Perto do Fim, entre outros. Paulo Flores, autor, compositor e intérprete, é uma das principais referências na música de Angola e um defensor incansável do Semba. A voz de Paulo Flores, doce e rouca, inspira-se na tradição urbana de Luanda. Contando-nos histórias de ontem, de hoje e de amanhã, a sua música criou uma extraordinária empatia junto do público angolano e não só.

O REI BOW

Para Mr. Bow, a música está-lhe no sangue, desde os concursos no bairro quando era mais jovem. Aprimorou as suas composições e a presença em palco até se tornar a estrela pop no país. Mr. Bow transforma radicalmente o género hip-hop, acrescentando-lhe as suas próprias influências de zouk, R&B, soul e pop com um sucesso amplamente premiado.

Mr. Bow actua regularmente perante multidões nas diversas províncias de Moçambique e desenvolveu um sensacional show ao vivo. Em 2015, colaborou com Liloca numa música chamada My Number One, que se tornou uma das favoritas desde as pistas de casamento às discotecas.Mr. Bow regressa ao palco do Azgo para mostrar porque é idolatrado.

ZAHARA

LOLIWE

Bulelwa Mkutukane (Zahara), é uma compositora-cantora e guitarrista sul africana, com uma música que lhe vem da alma com os seus sons Afro Soul, ela canta na sua língua mãe, Xhosa, e em Inglês.Zahara lançou o seu álbum estreia Loliwe em 2011, disco que atingiu a platina em 13 dias e a dupla platina em 17 dias, vendendo mais de 100.000 cópias na África do Sul. O videoclip do seu álbum de estreia, "Loliwe", atingiu a marca dos 2,3 milhões de visualizações no YouTube. Em 2012, nos South African Music Awards anuais, Zahara ganhou oito prémios, incluindo "Melhor Artista Feminina" e "Álbum do Ano".

A DOÇURA DE LURA

Lura estava tranquilamente a estudar Educação Física em Lisboa, quando descobriu a sua voz, no momento em que lhe foi pedido para fazer um dueto com o seu amigo e companheiro cabo-verdiano, o cantor Juka – aos 17 anos. O seu primeiro álbum com a Lusaafrica foi lançado em mais de 10 países e nomeado para os BBC World Music Awards e Best World Music Album em França, apresentando o seu sucesso Na Ri Na, que a catapultou para os corações das pessoas como o “futuro da música Cabo-verdiana”.

Tal como outros artistas Cabo-verdianos, Lura ficou perturbada com o falecimento de Cesária Évora em Dezembro de 2011. Então decidiu voltar às suas raízes na Praia, em Cabo Verde, mas continuou a actuar, aparecendo regularmente em todo o mundo para delícia dos seus fãs. Em 2015, com um novo álbum, Herança, Lura focou-se no ritmo cheio de energia do arquipélago, o funaná, com músicas como “Maria di Lida”, “Sabi di Más” e “Ness Tempo di Nha Bidjissa”.

 

Belmiro Adamugy
belmiro.adamugy@snoticicas.co.mz

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