Todo mundo sabe quem é George Washington ou Barack Obama. Seria um erro crasso, daqueles de bradar aos céus se alguém confundisse, por exemplo, Marcelo Rebelo de Sousa com Mohamed Abbs. É que essa coisa de nomes é mesmo sagrada.
Não interessa o contexto nem mesmo os detentores dos mesmos. Aliás, não é confortável ser confundido com outrem. Nos tempos que correm, isso até pode dar em cadeia ou um rapto. Imagine ser confundido com um “empresário de sucesso” e acabar numa cubata enquanto se negoceia o valor do resgate… tudo por causa de um nomenzinho!
Mas vamos por partes: o presidente português Marcelo Rebelo de Sousa, gente fina (até porque convidou Bula-bula para o regabofe onde não faltou a Marrabenta e o tradicional bacalhau português) esteve entre nós. Visitou a sua própria memória. Encontrou velhos amigos. Revisitou cheiros e aromas. Calcorreou estradas mais ou menos poeirentas que os seus pés bem conhecem.
Marcelo fez gala do conhecimento que tem do nosso país (ao contrário de um pseudo-jornalista de arrenque) que fez uma reportagem de fazer virar na tumba os nossos escribas mais proeminentes lá nas suas sepulturas, com as “notabilíssimas” notas de rodapé sobre o nosso país que, na óptica do tal visionário, continuava igual ás imagens da década 70! Meu Deus…
Mas enfim… quando Bula-bula pensava que já não precisaria de tomar nenhum calmante, eis que uma nova pepita cai-nos no alto do cocuruto que nem uma bomba: jornalista da SIC descobre que Joaquim Chissano, ex-presidente da República de Moçambique, diplomata de dar inveja a muitos “executivos”, estava afinal escondido algures nas matas de Gorongoza.
Caramba, gritou Bula- bula. A coisa afinal está mesmo preta. Chissano teria, por acaso, dado com a sola nos pés para não contribuir para o pagamento da dívida pública? Ou outra coisa grave teria acontecido?
Felizmente nada disso. Tratava-se de um erro (infantil diria mesmo) de um jornalista preocupado em ser o primeiro e não em estar certo. O que ele queria era dizer Afonso Dhlakama, líder da Renamo, que está algures em parte incerta nas matas do nosso país. Mas este tipo de gafes (só erra quem trabalha, dizem) repete-se. Quando há uns anos o então presidente Armando Guebuza visitou Portugal, um dos jornais lá publicou a foto de Dhlakama identificando-o como Guebuza.
Bula- bula que nem é adepto de teorias de conspiração acredita começa a pensar que está ali uma qualquer brincadeira de mau gosto… que algumas coisas são mesmo propositadas… mas enfim é nestes momentos que percebemos que o mundo é mesmo uma aldeia onde ninguém se pode arvorar de conhecedor de tudo! Mas convenhamos…
E tudo isso acontece numa altura em que até o Google ajuda e bastante nessas coisas. Mas como diria um certo espertalhão, “a cada dois dias tem uma noite no meio”…