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Modelo de desenvolvimento industrial para Pemba

Por admin

Vinte hectares é a área ocupada pela SONILIS, Lda., empresa angolana que opera no terminal destinado pela Sonangol, para a gestão e desenvolvimento da concessão entre esta e o porto de Luanda, Empresa Pública, com um cais de 2.066 metros e uma profundidade de 12,5 metros.

É a base logística do estilo que se pretende implantar em Pemba, Cabo Delgado, para prestar serviços às multinacionais empenhadas na pesquisa, prospeccao e possível exploração de hidrocarbonetos na bacia do Rovuma, que pelas suas exigências e volume de trabalho necessário nos conduz à ideia de que a cidade de Pemba poderá ser engolida pelo empreendimento.

Entretanto, o presidente do município moçambicano de Pemba, Tagir Carimo, diz que não há nada de alarmante apesar de a área destinada à base logística ser de 472 hectares dos 8.000 hectares concessionados ao empreendimento, sendo que os restantes são de Metuge.

A cidade de Pemba, porém, de acordo com os novos limites que a separam do distrito do mesmo nome, dispõe de 98 km2, conforme fontes ligadas à área, na cidade de Pemba. De acordo com as mesmas fontes, a área concessionada a base logística de Pemba, é muito vasta porque inclui zonas visando a proteccao do empreendimento.

A SONILIS, Lda., é uma empresa de direito angolano existente há 20 anos cuja actividade consiste na gestão da Base Logística de Luanda, através da prestação de serviços integrados de apoio à actividade petrolífera, nas áreas de Manuseamento de cargas pesadas, de concepção de infraestruturas especializadas (escritórios, armazéns e áreas de trabalho).

Os serviços a prestar pela base logística são múltiplos e variados que não se prestam a atendimento das suas necessidades pelos serviços públicos comuns aos residentes da cidade onde se insere, justamente por exigirem um consumo qualitativa e quantitativamente superior.

Só a base logística dispõe de pontos de abastecimento de água e diesel independentes da rede pública, que actualmente a cidade de Pemba não possui, nomeadamente 8 no cais antigo e 9 no novo e geração de energia, em 22.25 Mw. Tem uma capacidade de armazenamento de 10.400M3 de agua.

Trata-se de um monstro, dentro do qual há 16 km de estrada, dos quais 4,5 pavimentados ao encontro de diferentes pontos, incluindo um terminal de passageiros que recebe um movimento de 262 por dia. Na verdade é de trabalhadores que vai e vem das plataformas situadas pelo atlântico angolano fora, na extraccao do ouro negro.

É um empreendimento, cuja forca de trabalho situa-se em 1.459, felizmente, e por causa do trabalho de formação contínua da mão-de-obra nacional, 98% deles são angolanos.

Diariamente entram na base logística mais de 8.500 pessoas, entre trabalhadores, clientes, visitantes, fornecedores e outros” explicam as autoridades da SONILS que no dia 10 de Novembro corrente receberam a visita do presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi e a delegação que o acompanhava.

A SONILIS acomoda aproximadamente 80 clientes tais como, TOTAL, BP, Halliburton, Schlumberger, GE Oïl & Gás, entre outras, que beneficiam de um serviço de excelência com as melhores práticas internacionais, à altura das exigências do sectorde prestação de serviço.

Por causa disso o espaço, paulatinamente se torna escasso ao mesmo tempo que as populações nas cercanias travam uma verdadeira guerra visando dificultar a sua expansão, pretensamente porque tal passou a ser fonte de negócio.

Na realidade o bairro contiguo à base, dos mais precários de Luanda do ponto de vista de saneamento, apesar de curiosamente quase a totalidade das casas disporem de antenas parabólicas de televisão, os seus habitantes vivem de um persistente negócio para cedência dos seus espaços.

O domingo soube que aquela gente já tinha sido indemnizada para sair dali, mas algumas pessoas voltaram à espreita duma outra oportunidade. É na verdade um oportunismo sem par, segundo reconheceram os responsáveis daquela empresa.

Tendo em conta estas dificuldades, a base logística viu-se obrigada ao roubar terra ao mar, através de um processo oneroso de dragagem e hoje a nova extensão do cais, cuja construção está ainda em curso, passou para mais 518 metros, que poderá ser concluída no primeiro semestre de 2016.

Fotos de Armando Munguambe

 

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