O Presidente da República, Filipe Nyusi, reafirmou semana finda, em Lisboa, Portugal que o diálogo com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama não pode ser condicionado devendo acontecer naturalmente. “ Diálogo deve acontecer naturalmente”, disse o Chefe do Estado apelando à retoma o mais breve possível das conversações para se pôr fim à tensão político-militar em Moçambique.
Em declarações à Imprensa
moçambicana
no final da sua visita
de dois dias a Portugal,
o Presidente da
República reafirmou que o
diálogo não pode e nem deve
ser condicionado devendo
acontecer naturalmente.
“Diálogo deve acontecer
naturalmente. Nós queremos
diálogo e para isso
escolhemos equipa encarregue
de preparar o encontro
com Afonso Dhlakama”,
disse Filipe Nyusi, reagindo às
últimas notícias, segundo as
quais a liderança da Renamo
condicionou o diálogo com
o Presidente da República
à aceitação de um grupo de
mediadores constituído pelo
Governo sul-africano, Igreja
Católica e União Europeia.
O Chefe do Estado fez este
pronunciamento numa Conferência
de Imprensa de balanço
da sua estadia na capital portuguesa,
onde participou na cerimónia
de investidura do novo
Presidente português, Marcelo
Rebelo de Sousa, investido como
quinto Presidente de Portugal
após a revolução de 25 de Abril
de 1974 que derrubou o fascismo
português.
De referir que o estadista
português tomou posse na passada
quarta-feira, na Assembleia
da República do Parlamento
português, perante mais de 500
convidados nacionais e estrangeiros,
entre os quais Filipe
Nyusi, o Rei da Espanha, Felipe
VI, e o Presidente da Comissão
Europeia, Jean-Claude Juncker.
Falando sobre a posse de Marcelo
Rebelo de Sousa, Filipe Nyusi considerou
de “cerimónia simples
mas carregada de alegria”.
Refira-se que o novo Presidente
português foi eleito com
2.413.956 votos, 52 por cento,
num universo de 4.744.597 votantes,
segundo os resultados
do apuramento da Comissão
Nacional de Eleições publicados
em Diário da República.
De acordo com o mapa oficial
dos resultados da eleição
para o Presidente da República,
realizada no passado dia
24 de Janeiro, estavam inscritos
para votar no sufrágio
9.751.398 eleitores.
Para além deste evento,
o Chefe do Estado moçambicano
manteve encontro com
o Primeiro-Ministro português,
António Costa, durante
o qual as duas partes actualizaram
o quadro de cooperação
em vários domínios.
