A chefe da bancada parlamentar da Frelimo, Margarida Talapa, disse, na sua intervenção, que o seu partido tem o diálogo como instrumento político para a promoção da paz e concórdia entre os moçambicanos.
“A Frelimo defende que, em democracia, as diferenças ideológicas e de posicionamento sobre os caminhos a seguir diante
de qualquer situação devem ser ultrapassados com recurso a um diálogo permanente, aberto, sério e franco, sem preconceitos de qualquer espécie”, disse Talapa.
Segundo afirmou, nada justifica que a avidez pelo poder de alguns indivíduos ponha em causa o sossego, a convivência e a harmonia de milhões de moçambicanos que andam de trouxas de um lado para o outro. Margarida Talapa disse acreditar que, como tem sido defendido por alguns sectores da sociedade, existem dentro da Renamo pessoas que não são apologistas da guerra e que compreendem perfeitamente que o diálogo é a melhor opção para se alcançar a paz efectiva em Moçambique.
Para ela, o seu silêncio cúmplice, conveniente e cobarde, a troco de alguns benefícios, impede-os de tomar uma atitude para chamarem à razão os apologistas da violência, do saque e da pilhagem ao Povo.
“É muita pena que seja a partir do pódio desta Casa do Povo, com discursos incendiários e totalmente irresponsáveis, que colegas nossos têm incitado à desobediência civil, ao divisionismo, ao tribalismo e à guerra para se chegar ao poder”, afirmou.