. Maior parte de acidentes envolve transportes públicos de passageiros
Cerca de 1 500 pessoas perderam a vida e mais de 4.000 contraíram ferimentos, entre ligeiros e graves, no ano passado, em consequência de acidentes de viação ocorridos no país, na sua maioria envolvendo viaturas de transporte público de passageiros.
Estes números, embora representem significativa redução de acidentes e de óbitos em relação a 2014, na ordem de 24 e 22 por cento respectivamente, ainda constituem enorme desafio para as autoridades tendo em conta o seu impacto social.
Para fazer face a esta situação, segundo o Ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, que falava esta segunda-feira, na cidade de Maputo, na abertura da Primeira Sessão do Conselho Nacional de Viação, é necessário que se aposte na educação e fiscalização viradas para o comportamento humano.
“O nosso principal enfoque continua a ser o comportamento humano, através da educação e fiscalização, vectores que devem complementar-se na prevenção e combate à sinistralidade rodoviária”, considera.
Carlos Mesquita mostrou-se preocupado ainda com a tendência de cada vez maior envolvimento de viaturas de transporte público de passageiros em violentos acidentes nas estradas nacionais.
Como exemplo, apontou o facto de, só nos primeiros quatro meses deste ano, terem perdido a vida mais de 35 pessoas em menos de 10 acidentes envolvendo veículos de transporte de passageiros de longo curso.
Destes, destaca-se o acidente de viação ocorrido na província de Inhambane, distrito de Vilankulo, localidade de Mavanza, que resultou em 15 óbitos, 16 feridos, entre graves e ligeiros.
Entretanto, durante a Primeira Sessão do Conselho Nacional de Viação, para além da apreciação da matriz de acções prioritárias para a redução da sinistralidade rodoviária e as respectivas medidas de mitigação, foi igualmente apreciado o Decreto sobre o regulamento das regras de aprovação de marcas e modelos de veículos automóveis e reboques.
Este instrumento irá melhorar a circulação de veículos que respondam às características técnicas, melhorando, deste modo, a segurança no transporte de pessoas e bens tendo em conta o crescimento do parque automóvel que se regista no país.
Dados do Ministério dos Transportes e Comunicações indicam que existem em Moçambique cerca de 600 mil veículos automóveis devidamente registados e que são registados cerca de três mil por mês.