A Agência de Desenvolvimento e Empreendedorismo (ADE), braço económico da associação ARO Moçambique, realizou hoje, quinta-feira, em Maputo, a 3.ª mesa redonda com os parceiros de desenvolvimento, onde foi apresentado o plano director designado “Juventude, Emprego e Desenvolvimento de Negócios (JEDN) 2016-2019”.
O referido plano está orçado em mais de quatro milhões de dólares americanos e tem em vista alinhar a intervenção no empoderamento da juventude e a promoção de advocacia de políticas públicas junto de diferentes actores e decisores com intervenções nas áreas de iniciativas agrárias juvenis e empreendedorismo.
O documento apresenta propostas de acção tendentes a reduzir os índices de desemprego no seio da juventude moçambicana, com base no desenvolvimento de iniciativas locais de uso e aproveitamento dos recursos naturais através de empreendedorismo e auto-emprego.
No entanto, prevê-se com o plano director criar cerca de 300 mil empregos nos próximos quatro anos (2016-2019). Para tal, será preciso dotar os jovens de habilidades e ferramentas através de formação, criação de condições básicas de auto-sustentabilidade e advogar políticas junto das instituições governamentais, organizações não-governamentais internacionais e nacionais, sector privado para a concessão de créditos bonificados à habitação para jovens.
A ADE vai implementar actividades no ramo agrário seguindo uma abordagem de cadeia de valor, de forma a garantir que a produção e produtividade sejam sempre em resposta à procura pelo mercado.
Também prevê formar jovens nas áreas de carpintaria, serrilharia, entre outros ramos de geração da renda e vai promover centros de demonstração de tecnologias de processamento de produtos agrários com destaque para feijão, milho, amendoim e hortícolas com o propósito de evidenciar a variedade de tecnologias e técnicas de processamento.
Segundo o presidente da ADE, Policarpo Tamele, o sector agrário oferece maior oportunidade de geração de emprego, auto-emprego e de receitas, e é responsável pela dinâmica noutros sectores de especialização. O agro- acampamento que está a ser projectado, em Changalane, província de Maputo, é exemplo de criação de emprego para os jovens.
Tamele disse que a produção pecuária é de extrema importância para a massificação de emprego e auto-emprego para os jovens, tendo em conta os variados ciclos de produção envolvidos na actividade.
Explicou, por exemplo, que o ciclo de produção de frango é de aproximadamente 35 dias, daí que os jovens que se engajarem na produção desses animais podem contar com um salário mensalmente, tendo acrescentado que nesta componente se inclui a produção de ovos.
Idnórcio Muchanga
aly.muchanga@gmail.com