Eram de todo evitáveis as alegações de que o Ministro da Agricultura, Ambiente e Pescas, Roberto Mito Albino, tinha ligações empresariais com uma empresa que participou de um concurso público no Instituto de Algodão e Oleaginosas de Moçambique, subordinado ao seu pelouro, que envolvia 130 milhões de meticais.
É verdade que o concurso foi suspenso, mas fica a impressão que o ministro, uma vez ministro, devia ter tido o cuidado de remover todas as pontas susceptíveis de levantar suspeitas enquanto governante. É que, barulho que é barulho, e oposição que é mais sedenta que os centros de integridade pública, não perdoam o enrodilhado e vão puxando o novelo até onde podem.
Um governo que toma posse no contexto em que tomou não poder alimentar suspeições; e muito menos as pessoas que o confiaram para o cargo podem sentir desconforto com alegações que dão azo e imaginação a arrazoados e raciocínios delituosos.
Para cargos do Estado, sejamos como Pompeia, a mulher de César. Não basta sermos honestos, temos que parecer, com isto justificando a pequena crista para o acto inadvertido do ministro Roberto Albino e vai ter o ano de 2026 para retirar o pequeno mioma.

