O Ministro dos Transportes e Logística, João Matlombe, defendeu esta terça-feira, por ocasião do lançamento da primeira pedra das obras de expansão do Terminal de Carvão da Matola, a necessidade de reduzir a dependência do transporte rodoviário de carga, reforçando o papel da ferrovia como principal meio de escoamento de produtos minerais e mercadorias diversas.
O governante afirmou que o Terminal da Matola foi concebido para ser alimentado pela linha férrea, mas actualmente cerca de 32 por cento das cargas chegam por estrada, “o que é insustentável do ponto de vista económico e ambiental”.
Destacou que o Executivo está empenhado em reverter esta tendência através de uma maior integração entre os Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), a sua congénere sul africana (TRANSNET), o Porto de Maputo e os diferentes terminais.
O objectivo, segundo o ministro, é garantir eficiência, sustentabilidade e competitividade regional. “A ferrovia deve voltar a ser a espinha dorsal da logística nacional. Vamos trabalhar para melhorar a coordenação operacional entre as entidades públicas e privadas, de modo a assegurar que o transporte de carga seja previsível, seguro e economicamente viável”, referiu.
Sublinhou que o desenvolvimento portuário deve ser acompanhado por melhorias em áreas como gestão fronteiriça, operações ferroviárias, tramitação aduaneira, migração e conectividade digital, para assegurar fluidez e previsibilidade nas cadeias logísticas nacionais e internacionais. “Estas componentes são determinantes para garantir que Moçambique se consolide como um corredor logístico competitivo na região”, acrescentou.

