A Missão de Observação Eleitoral da União Europeia em Moçambique manifestou a sua preocupação com os atrasos que se verificam no apuramento dos resultados das eleições de quarta-feira da semana passada no país.
“A missão manifesta a sua preocupação com os atrasos no apuramento dos resultados a nível distrital e provincial em algumas províncias e considera que a ocorrência de incidentes durante o processo de apuramento, aliados à ausência de uma explicação oficial pública sobre eventuais dificuldades, deteriora o início ordeiro da jornada eleitoral”, refere a União Europeia em comunicado de imprensa.
O apuramento distrital deveria ter sido concluído até sábado último e o apuramento provincial na segunda-feira.
A missão avança que o processo tem-se caracterizado por diversas dificuldades e obstáculos derivados da falta de organização e conhecimento dos procedimentos, para além de casos de tratamento incorrecto das actas e material de votação e métodos de apuramento demorados.
Contudo, a missão da UE “reconhece os esforços das autoridades eleitorais para ultrapassar estas lacunas, e encoraja os órgãos de gestão eleitoral a tratar as mesmas de forma eficaz e transparente, incutindo nos cidadãos a confiança de que o processo eleitoral será concluído em total conformidade com os requisitos legais”.
A missão lamenta, ainda, os obstáculos colocados aos seus observadores no acesso à informação sobre o apuramento provincial em Cabo Delgado, norte, e na Zambézia, centro de Moçambique, sendo que, segundo a lei, todo o processo eleitoral deve pautar pela transparência e integridade.
O comunicado acrescenta que a missão da UE permanecerá em Moçambique até depois do prazo estabelecido por lei para o anúncio dos resultados oficiais provisórios, pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).
I.M
