O Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Fernando Rafael, defendeu a urgência de garantir habitação segura, digna e acessível à juventude e demais moçambicanos, à luz da crescente pressão demográfica nas zonas urbanas.
O posicionamento foi manifestado ontem, sexta-feira, em Maputo, durante o Workshop “Habitação Acessível para Todos”, promovido pelo Fundo para o Fomento de Habitação (FFH), que reuniu diversos actores do sector público e privado.
Segundo o Ministro, o principal obstáculo ao acesso habitacional não é apenas a escassez de imóveis, mas sobretudo os altos custos de construção e a limitação no acesso a terrenos infra-estruturados, cuja disponibilidade continua onerosa.
Reforçou ainda que, embora existam políticas habitacionais arrojadas, estas permanecem insuficientes diante da realidade de que menos de cinco por cento dos jovens têm acesso ao crédito habitacional formal, num contexto em que 80 por cento da população urbana vive em bairros informais.
O país conta actualmente com cerca de 34 milhões de habitantes, dos quais 34 por cento vivem em áreas urbanas e 65 por cento são jovens com aspirações legítimas à sua primeira casa.
Em consonância com estes desafios, o Presidente da República de Moçambique, Daniel Francisco Chapo, tem destacado como uma das suas prioridades a infra-estruturação de terras, com água, energia, vias de acesso, e reserva de espaços para a construção de infra-estruturas de serviços públicos tais como, escolas, hospitais, mercados e, por sua vez tem reiterado a necessidade de ordenar o crescimento urbano com base em intervenções estruturantes.