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Cantar e fazer dançar os namorados

Por admin

Na próxima sexta-feira, será assinalado o Dia São Valetim – Dia dos namorados. Essa é uma data especial e comemorativa na qual se celebra a união amorosa entre os casais sendo comum a troca de cartões e presentes com simbolismo de mesmo intuito.

Em Moçambique, tal como em outros países, o dia será de comemoração, de festa, beijos e abraços entre os namorados.

Para alegrar os namorados, vários programas culturais estão agendados. Em Maputo, a banda Kakana vai cantar a partir das 20h30, no Centro Cultural Franco -Moçambicano.  Em um concerto de aproximadamente duas horas, a banda vai oferecer vários números do seu álbum Kakana e trazer ao palco, convidados para cantar pelo amor.

Em conversa com Yolanda Chicane, vocalista da banda Kakana, ficamos a saber que o espectáculo para o dia dos namorados vai intitular-se Xiluva. “Teremos alguns convidados não conhecidos na praça. Traremos temas originais do disco Kakana. Vamos interpretar um tema novo e um do Hortêncio Langa. A ideia é brindar com os namorados e  haverá muitas surprezas. Queremos fazer uma festa diferente para os namorados”.Ainda no contexto de brindar o Dia São Valentim, está programada a vinda  e actuação na capital do país, de dois saxofonistas norte-americanos. São eles, Kirk Whalum e Gerald Albright. Vão cantar no dia 15 de Fevereiro, no Centro Cultural Universitário.

 

Por conta do dia São Valentim, Américo Xavier Malemba decidiu endereçar aos casais moçambicanos, os votos de muito amor através do poema a baixo.  

 

O Vôo da Angústia

Descubro-te,

Desculpo-me.

Descubro-me aos quatro ventos,

Incapaz de segurar a capulana do tempo.

Na esteira da esperança amarelecida,

Silêncio a Makwayela festiva de regozijo,

Sacudo a poeira e procuro o norte.

A voz cala o grito rasgado

Não sinto o Sol, o vento, nem a chuva.

Desculpo-me

E me descubro infinitamente simbólico,

Irremediavelmente só ante a palmeira

Irrisório na sua sombra

Desculpo-me pelo tempo e sonhos,

A vida proibida no cesto da recordação,

No vaivém dos barcos na baía de Inhambane,

O marinheiro pujante apeando-te no chão seco para a vida,

No cheiro da farinha rhale,

A água do lanho escorrendo fluida a boca

Regando um dia distante.

Desculpo-me

Penso-te

Vivo-te

Obrigado por existires

 

Por : Américo Malemba

 

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