Jogadores da selecção moçambicana deixaram Maputo confiantes numa campanha positiva no CAN-Interno, justificando que a preparação prolongada do torneio contribuiu para uma maior união do grupo.
Comungam que o Grupo A, que integra as selecções nacionais da Africa do Sul, Mali e Nigéria, é “difícil” para todos, daí que o mais importante é Moçambique saber explorar, em devido tempo, as fragilidades dos adversários. A equipa técnica afina pelo mesmo diapasão, com o treinador adjunto, Mano Mano, a sublinhar que os “Mambas” têm qualidade para transitarem para a segunda fase da competição que inicia próximo dia 11 de Janeiro na África do Sul.
Vamos dar o nosso melhor
– Manuelito
O médio Manuelito deixou Maputo concentrado num bom desempenho dos “Mambas”. Defende que tudo pode acontecer, mas ele espera “boa coisa”.
– Espero muito boa coisa, nos preparamos bem, é verdade que não como desejávamos, porque há certos estágios que estavam programados e não se realizaram por causa de alguns pendentes, mas a avaliação da preparação é positiva.
O médio-atacante observa que “tivemos mais dum mês de preparação, período que deu para nos conhecermos melhor, há certos jogadores novos, deu para nos conhecermos penso que podemos trazer bons resultados da África do Sul”.
Não teme África do Sul, Nigéria e Malí, sublinhando que o mais importante é o empenho dos jogadores moçambicanos.
– Estamos num grupo muito difícil, com selecções do topo, mas vamos dar o nosso melhor para contrariar o que muitas pessoas pensam.
Estamos moralizados
– Alvarito
Alvarito, médio do Costa do Sol, considera que o CAN-Interno é uma experiencia pessoal nova que quer ganhar, ajudando os “Mambas” a deixarem uma boa imagem em África.
– Pessoalmente, ir para o CAN é uma experiência nova. Preparamo-nos a medida do possível, vamos ver jogo a jogo, primeiro com África do Sul, não sei muito deles, mas acho que é a selecção mais forte porque a maior parte dos jogadores jogam no campeonato local, por isso considero que vamos jogar com a selecção A deles.
O jogador fala de tranquilidade total no grupo, depois de ultrapassadas todas diferenças com a direcção da federação.
– Estamos moralizados, resolveram o nosso problema que nos ocupava as cabeças, estamos tranquilos, vamos dar o nosso máximo lá e ao fim dos três jogos faremos as contas e ver quem passa para a outra fase.
Não somos favoritos
– Kito
Kito joga na zona intermediária, onde normalmente se decidem as partidas. Acredita no trabalho colectivo e reconhece o poderio das seleccoes adversárias, sublinhando que os “Mambas” terão suas oportunidades de ganhar.
– As minhas expectativas são de demonstrar, em campo, o nosso trabalho. Sinto que o empenho de todos é total. É claro que não somos favoritos.
O atleta refere que a união do grupo poderá favorecer para um desfecho feliz na primeira fase. “A equipa está bem, unida, e muito confiante no trabalho que está a realizar”.
Entende que “a preparação foi boa, a entrega e o profissionalismo dos jogadores foram dominantes desde a primeira hora”.
Temos equipa para a segunda fase
O treinador-adjunto dos “Mambas”, Mano Mano, defende que Moçambique vai apresentar no CAN-Interno um conjunto com qualidade para transitar para a segunda fase.
No entender do técnico, a preparação foi satisfatória, não obstante o reduzido número de jogos de controlo realizados.
É certo que não realizamos o número de jogos que pretendíamos, por isso o nosso ritmo poderá ser baixo relativamente a Africa do Sul, cujo campeonato esta a decorrer, queixou-se.
Apesar disso, augura uma boa prestação, considerando que “conseguimos o mais importante, que era reunir o grupo com antecedência e a partir dai criarmos um conjunto”.
– Tivemos oportunidade de juntar o grupo, primeiro em Neslpruit, África do Sul, e depois em Maputo. Trabalhamos bem e sinto que estamos preparados para o torneio.
Mano Mano disse reconhecer que o Grupo A é difícil para Moçambique, “mas também teremos as nossas armas para complicar os três adversários. Temos equipa para a segunda fase”.